O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e a Secretaria de Ressocialização (Seris) inauguraram, nesta segunda (25),uma biblioteca no Presídio de Segurança Máxima de Maceió.
O espaço, situado no primeiro andar do prédio, conta com quase 5.000 livros e recebeu o nome do saudoso desembargador José Fernando Lima Souza, que foi presidente do TJAL.
O presidente do TJAL, Fernando Tourinho, filho do homenageado, destacou o papel da biblioteca na ressocialização. “Essas ações são importantes para que os reeducandos saiam do sistema prisional melhores do que entraram”.
O acervo é formado por livros doados à campanha Livros que Libertam, que, em três semanas, arrecadou quase 23 mil obras. Os livros integram o acervo da Seris auxiliam na remição da pena pela leitura.
“Devemos inaugurar outras duas bibliotecas até o final do ano, uma em Maceió e outra no presídio do Agreste”, afirmou o secretário de Ressocialização, Diogo Teixeira, ao discursar na solenidade.
O secretário enalteceu a homenagem feita a José Fernando Lima Souza. “Não poderia ter outro homenageado por tudo o que ele representou. Ele foi um defensor da educação e da ressocialização. É uma homenagem justa”.
Campanha Livros que libertam
As obras doadas foram destinadas ao projeto ‘Livros que libertam’, que permite a remição de pena pela leitura. Atualmente, 3.000 reeducandos participam da iniciativa, incentivada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Três mil reeducandos, dos 4.600 que estão no regime fechado, estão no projeto de remição. Em números proporcionais é o maior projeto desse tipo no país”, destacou o juiz Alexandre Machado, da 16ª Vara Criminal (Execuções Penais).
Cada obra lida possibilita ao custodiado a redução de quatro dias de pena. Em um ano, ele pode ler e avaliar até 12 obras, tendo a possibilidade de reduzir sua pena em 48 dias.
A solenidade de inauguração da biblioteca contou com a presença de desembargadores, juízes e servidores do Tribunal, além de integrantes da Seris e gestores do sistema prisional.
