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Saldo de crédito em Alagoas cresce 21% no primeiro bimestre de 2023

Para economista, elevação sinaliza expectativas positivas do avanço da economia: créditos aumentam capacidade produtiva
Saldo do crédito é contabilizado pelo acúmulo de contratações menos as parcelas pagas dentro daquele período (Agência Brasil)

O saldo de crédito, em Alagoas, alcançou, ao fim do primeiro bimestre de 2023, R$ 39 bilhões, referente ao acumulado nos doze meses anteriores. O valor reflete a ampliação dos empréstimos e financiamentos a empresas e pessoas físicas realizados por todo sistema financeiro no estado e representa alta de 21%, na comparação com os mesmos meses do período 2021/2022.

Os números foram levantados pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) e consideram dados do Banco Central. De acordo com o economista e pesquisador do Etene, Allisson Martins, a elevação do saldo sinaliza expectativas positivas do avanço da economia, uma vez que os créditos visam aumentar a capacidade produtiva, modernizar os empreendimentos, elevar a eficiência dos negócios e prover recursos para capital de giro, insumos e matérias-primas.

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“O crescimento do volume de crédito está em consonância com o nível de atividade econômica do estado”, afirma.

O economista explica que o saldo do crédito é contabilizado pelo acúmulo de contratações menos as parcelas pagas dentro daquele período.

“É importante também salientar que além do volume de crédito, as empresas e pessoas físicas devem estar atentas à qualidade do crédito, buscando taxa de juros atrativas e prazos adequados”, afirma Allisson Martins.

BNB

Em Alagoas, uma grande contribuição ao financiamento dos negócios em 2022 foi dada pelo Banco do Nordeste (BNB), que contratou R$ 1,5 bilhão, entre janeiro e dezembro do ano passado e desembolsou R$ 2,2 bilhões.

Os valores desembolsados representaram alta de 45% em relação ao exercício anterior.

O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nordestino atingiu o montante de R$ 728,9 bilhões no primeiro bimestre de 2023 e, superando a dinâmica nacional, apresentou crescimento de 17,2% nos últimos 12 meses, No Brasil, na mesma métrica de comparação, o crédito avançou 12,6%.

No Nordeste, no acumulado dos últimos doze meses, terminados em fevereiro de 2023, a trajetória ascendente do crédito ocorre devido à expansão tanto das carteiras de crédito das pessoas físicas, que registrou expansão de 18,1%, quanto das empresas, que apontou elevação em 15,2%.

O saldo das operações de empréstimos e financiamentos no final do primeiro bimestre de 2023 destinado às famílias representa 70,6% do total, cabendo a parcela restante (29,4%) às empresas.