Produtores de leite, agricultores familiares e estudantes de Viçosa conheceram, nessa quinta-feira (13), as instalações e as atividades desenvolvidas pela Cooperativa Pindorama, em Coruripe, Litoral Sul de Alagoas. A visita técnica foi acompanhada pelo prefeito de Viçosa, João Victor, e pelo secretário municipal de Agricultura, Israel Moura.
“Levamos produtores rurais de Viçosa para conhecer o maior exemplo de cooperativismo e distribuição de renda do Nordeste: a Cooperativa Pindorama. Foi um dia intenso, de muito conhecimento adquirido e de troca de experiências sobre como produzir mais e melhor no campo”, afirmou o prefeito do município, João Victor.
Antoniel da Rocha Pimentel Paes é presidente da Associação dos Agricultores Virgem dos Pobres, do Povoado Bananal, em Viçosa. Ele participou da comitiva que visitou a Pindorama e gostou do que viu. Agora espera multiplicar o conhecimento adquirido durante a incursão.
“Essa visita foi muito importante para o nosso aprendizado. Levaremos esse conhecimento aos nossos associados para que se espelhem no exemplo da Pindorama”, afirmou Antoniel da Rocha.
“A Pindorama é referência a nível nacional e aqui podemos conhecer melhor sobre o cooperativismo”, reforçou Aroldo Santos da Silva, integrante da Associação dos Produtores Rurais Boa Vista.
Quem também aprovou a visita técnica foi a estudante Keliane da Silva Nascimento. “É uma experiência muito rica, que está agregando muito conhecimento para mim que faço Agroecologia”.
WDG
O grupo viçosense também conheceu os benefícios do WDG (Wet Distillers Grains – grãos molhados de destilaria) utilizados na nutrição do gado. O presidente da Pindorama, Klécio Santos; o vice, Carlos Roberto Santos; e o diretor-secretário, Antônio de Oliveira, expuseram as vantagens de se inserir o WDG na alimentação animal, tanto do ponto de vista nutricional como de redução de gastos com ração.
“O WDG dispõe de muitas vantagens para o produtor. Além de ser nutricionalmente rico, com 36% de proteína na sua composição, o produto ainda alivia consideravelmente o bolso dos criadores, já que, em comparação com demais insumos presentes no mercado, ele gera uma economia de cerca de R$ 2 no valor do quilo da ração”, garantiu Klécio Santos.
Membro da comitiva, o pecuarista Emmanuel Lobo revelou que o preço da ração concentrada, composta por farelo de soja e outros itens, está inviabilizando o avanço do negócio.
“Meus animais consomem quatro toneladas de ração mensalmente. São 15 kg por animal por dia. O preço cobrado pela ração concentrada está muito alto, o que, basicamente, impede que o negócio se expanda, dando apenas para a manutenção. Vejo no WDG uma grande possibilidade de oxigenar nosso negócio, tanto pelos requisitos nutricionais como pela economia que pode gerar, a ver apenas a questão de transporte”, disse Lobo.
Ao todo, cinco associações estiveram representadas durante a visita técnica: Associação dos Produtores Rurais Boa Vista, Consórcio Intermunicipal do Agreste (Conagestre), Associação Virgem dos Pobres, Associação dos Agricultores do Povoado Jussara e Associação dos Produtores Agrícolas do Assentamento Quinta da Serra (APAAQS).