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ONU-Habitat e AL concluem 1ª etapa de iniciativa para prosperidade urbana

Municípios alagoanos receberam oficinas para repensar espaços públicos com foco na prevenção à violência
Profissionais da gestão pública e segurança dos municípios participaram de oficinas de capacitação (foto: Dyego Duarte)

A primeira etapa da iniciativa Cidades 2030, parceria entre o Governo de Alagoas e o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), foi encerrada com a realização de oficinas participativas de diagnóstico e estratégias de intervenção para repensar espaços públicos com foco na prevenção à violência.

Receberam as atividades as cidades de Maragogi, Penedo, Santana do Ipanema e União dos Palmares. Lançado em agosto, o Cidades 2030 tem a finalidade de capacitar profissionais da gestão pública e elaborar Planos de Ação Local para o Desenvolvimento Urbano Sustentável.

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Focalizando os objetivos da Agenda 2030 e da Nova Agenda Urbana, as oficinas promoveram atividades colaborativas em torno dos temas urbanos prioritários para cada município, com destaque para o desenho de estratégias de intervenção em espaços públicos.

A iniciativa faz parte do Visão Alagoas 2030, cooperação técnica implementada desde 2017 para produzir dados qualificados e soluções integradas para a prosperidade urbana, sustentável e inclusiva do estado.

“O programa Cidades 2030 trouxe uma visão especial sobre o espaço público, com oficinas bastante intuitivas e práticas na abordagem dos problemas e das potencialidades das cidades. Também trouxe uma abordagem interessante sobre a prevenção do crime com uso do design urbano, melhorando a capacidade dos servidores das prefeituras e do estado para elaborar novos projetos. Tenho certeza de que serviu de grande aprendizado e irá ampliar a visão dos técnicos para o planejamento urbano das cidades e a criação de espaços públicos mais seguros”, afirmou o superintendente de Desenvolvimento Urbano do Governo de Alagoas, Álvaro Morais.

Atividades

Além das oficinas, o Cidades 2030 contou com outras atividades e metodologias que combinaram coleta de percepções, votação de prioridades por meio de um aplicativo interativo e dinâmicas em grupo.

A abordagem buscou identificar de forma prática os desafios e potencialidades de cada cidade e construir uma matriz de propostas que possa ser replicada em outras iniciativas.

“Foi um prazer enorme ter a nossa cidade contemplada no programa. A experiência foi riquíssima. A partir dos encontros foi criada uma visão estratégica, pensando nas questões sociais, econômicas e ambientais da cidade e dos espaços públicos. Ficamos com uma visão muito ampla de tudo que vamos fazer e já conseguimos pensar os projetos com base no que foi compartilhado. Muito aprendizado foi construído e a visão de cada técnico que participou foi expandida, contribuindo não só para o seu desenvolvimento profissional, mas para o futuro sustentável da cidade”, avaliou Rimelc Shirley Lins, integrante do Grupo do Trabalho de União dos Palmares.

Próximos passos

Ao longo dos três meses de implementação, o Cidades 2030 contou com quinze oficinas de capacitação, diagnósticos e estratégias conduzidas pelo ONU-Habitat, em parceria com a equipe técnica de três órgãos do Governo de Alagoas – a Coordenação do Programa Vida Nova nas Grotas, a Secretaria de Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand) e a Secretaria de Prevenção à Violência (Seprev).

Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas, foi um dos municípios contemplados pelas oficinas

A partir de agora, os Planos de Ação Local, com as propostas desenhadas coletivamente com cerca de 265 participantes, serão consolidados e validados com os Grupos de Trabalho. Após essa etapa, os resultados serão apresentados em um seminário de encerramento previsto para o primeiro trimestre do próximo ano.

“O Cidades 2030 possibilitou ampliar a atuação local do ONU-Habitat para além da capital Maceió, apoiando o Governo do Estado e os municípios participantes a identificar potencialidades e desafios urbanos e propor diretrizes estratégicas. Espera-se que, com base nas ferramentas práticas compartilhadas nas oficinas, as capacidades institucionais tenham sido fortalecidas e as cidades possam ser multiplicadoras dos resultados nas suas regiões, articulando novas parcerias, direcionando os investimentos e colocando as propostas em ação”, considerou a analista de programas do ONU-Habitat, Paula Zacarias.

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