A sede do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), no centro de Maceió, foi palco, nesse final de semana, do lançamento do livro “Dos nós às contas: Alagoas costura uma nova história”, de autoria da jornalista Patrícia Guimarães Gil. Impressa pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos, a obra é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e mostra como o governo estadual conseguiu melhorar os indicadores de Alagoas nos últimos anos.
A obra traz também um resumo dos avanços observados na cidade de Pilar, com destaque para as medidas que permitiram um importante aumento de receita e, por conseguinte, dos investimentos em áreas consideradas essenciais.
“Ninguém nascia no Pilar” é a frase que abre o capítulo 5, em que a autora lembra a reabertura do Hospital Nossa Senhora de Lourdes. A atenção dispensada à educação e ao esporte enquanto instrumento de inclusão social também é citada como determinante à redução da criminalidade no Pilar.
“Pilar era sinônimo de homicídio, pelo menos desde a aparição, em rede nacional, de seu nome como uma das 10 cidades mais violentas do mundo, em 2016. Foi preciso um ponto pragmático de partida para diminuir os estarrecedores números de então, até chegar aos três homicídios registrados em 2021 e devolver Pilar aos assuntos da vida, não da morte. Enquanto as paredes da maternidade ganhavam registros em lousas de controle e anotação neste processo, outras paredes caíram, não longe dali”, conta a jornalista, referindo-se à tradicional Rua do Forno – região que já foi considerada a mais violenta da cidade e onde a Prefeitura, na gestão do prefeito Renato Filho, construiu o maior complexo esportivo do estado.
Patrícia Gil destaca, ainda, o ajuste das contas públicas ao lembrar que o Município reduziu os gastos com pessoal em quase 40%. Somada a outras ações, a medida fez com que o orçamento de Pilar mais que dobrasse em apenas cinco anos.
“Com novas receitas e espaço orçamentário, o investimento em educação fez saltar de 5.800 para 9.000 o número de alunos matriculados nas escolas da cidade. O jovem desacreditado estava, assim, alcançado pela política pública de longo prazo. Não é mágica e nem milagre quando as contas estão em plena operação”, diz outro trecho do livro, que tem mais de 300 páginas e também contou com a participação dos jornalistas Leandro Iamin e Kamilla Abely, além dos fotógrafos Márcio Ferreira, Rômulo Melo e Paulo Soares.
Perspectivas
Para a escritora, a obra vai além das narrativas institucionais. Ela convida o leitor a compreender toda essa mudança a partir da perspectiva de vários personagens, considerando seus costumes e tradições, como o bordado de filé, que intitula o primeiro capítulo.
“O livro é dedicado a todos os servidores alagoanos e, portanto, precisa ser visto como uma fonte de informação para o fortalecimento de sua relação cívica com o estado. Mostramos que é possível restabelecer a relação da sociedade com a coisa pública, e que uma política fiscal de austeridade só tem sentido quando se prioriza quem mais precisa”, reforçou a escritora, no lançamento que contou com a presença de autoridades como o senador Fernando Farias e o ministro dos Transportes, Renan Filho.
Presente à solenidade, o prefeito Renato Filho falou sobre a alegria de ver a cidade de Pilar sendo mais uma vez reverenciada.
“A obra da jornalista Patrícia Gil traz um pouco da nossa história vivida no município. Mostra que a solidez fiscal do Estado também proporcionou melhorias para nossa cidade. E não se trata de um livro ‘chapa branca’. Muito pelo contrário. Mostra também o quão rica é a nossa cultura, destacando os desafios que o Poder Público e a sociedade alagoana enfrentaram para que todos nós pudéssemos voltar a sonhar com dias melhores. Fico muito feliz em também fazer parte dessa história de mudança”, avaliou Renato Filho.