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Justiça assegura vaga em escola municipal de Jundiá para criança autista de 5 anos

Direito foi garantido após ação civil pública movida pela 1ª Promotoria de Justiça de Porto Calvo
Em caso de descumprimento das determinações, o Município poderá pagar a multa diária de R$ 10 mil (foto: Ascom MPE)

Uma criança de cinco anos de idade, com Transtorno do Espectro Autista (TEA), terá vaga garantida na Escola Municipal Romeu Bastos, em Jundiá, região Norte de Alagoas. O direito foi assegurado após ação civil pública de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada, instaurada pelo promotor de Justiça Paulo Barbosa Filho, acatada pela juíza Lívia Maria Mattos.

Em caso de descumprimento das determinações, o Município poderá pagar a multa diária de R$ 10 mil. De acordo com a ação movida pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), as escolas municipais de Junidá não têm auxiliares suficientes para atender às demandas de pessoas com deficiência, nesse caso as crianças, quando a obrigatoriedade é a de disponibilizar um acompanhante para cada aluno com TEA.

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Mesmo com o Município sustentando o cumprimento de seus deveres, tanto na Escola Municipal Romeu Bastos, quanto nas escolas Professora Tereza Maria Alves de Verçosa e Deputado Antônio Ribeiro de Albuquerque, vários meninos e meninas estariam sendo assistidos pela mesma professora.

O artigo 27 do Estatuto das Pessoas com Deficiência afirma que a educação é um direito e que a inclusão deve ser assegurada ao longo da vida para que seja possível garantir a aprendizagem, alicerçar a desenvoltura por meio de habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais.

Obrigações

Diante da ação oriunda da 1ª Promotoria de Justiça de Porto Calvo, a Justiça julgou procedentes os pedidos e impôs ao Município algumas obrigações a serem cumpridas no prazo de 30 dias.

O Município de Jundiá terá que prover, quando necessário, os serviços de apoio especializado e também atendimento educacional em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que de acordo com as condições específicas dos alunos, não ocorrer a integração nas salas de ensino regular.

As escolas também devem assegurar aos alunos com deficiência todos os mecanismos que possibilitem uma educação de qualidade para que concluam com êxito o grau de escolaridade, ressaltando a necessidade de designar para atendê-los professores com especialização adequada em Ensino Médio e Superior.