Nesta quinta-feira, 5 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. E a Cooperativa Pindorama, através de sua Gerência Ambiental, destaca os principais projetos e ações que contribuem para a preservação ambiental e melhoria da qualidade do ar, gerando renda extra aos seus cooperados.
O monitoramento de corpos hídricos, o controle de emissão de gases e o reaproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar são algumas dessas iniciativas ambientais.
Há cerca de 4 anos, a empresa aderiu ao RenovaBio, tornando-se a primeira empresa do Nordeste a praticar a política nacional de descarbonização, com o objetivo de reduzir a intensidade de carbono da matriz de combustíveis de transporte, por meio do aumento da produção de biocombustíveis.
Segundo o gerente ambiental, Weverton Ferreira, além de contribuir com a redução da emissão de gases do efeito estufa lançados na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis, até 2024, a Cooperativa já distribuiu cerca de R$ 8 milhões em créditos de carbono, de forma proporcional, aos seus associados.
Ele destaca que a certificação do RenovaBio é importante porque incentiva práticas agrícolas industriais que reduzem as emissões de gases de efeito estufa, promovendo uma preservação dos recursos naturais e também a substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis.
“Além disso, ela estimula o uso de resíduos do processo industrial e a gestão ambiental responsável, contribuindo para o cumprimento das metas climáticas no país. É muito importante essa certificação para a Cooperativa Pindorama, pois, além de ajudar a atuar com práticas sustentáveis, ela também fornece esses créditos gerados pela venda dos CBIOS na bolsa de valores e repassa aos associados como forma de crédito para que eles utilizem mais produtos oriundos do processo industrial, reduzindo insumos provenientes de outros processos produtivos, como é o caso da adubação química”, observou Ferreira.
Monitoramento de corpos hídricos
Outra importante e constante ação ambiental da Pindorama é o monitoramento dos corpos hídricos que cortam a região, a exemplo dos rios Camundongo e Piaui, e dos riachos da Cruz Águas de Menino.
“A cooperativa Pindorama possui mais de 28 mil hectares de área sendo cortada por vários rios, com nascentes em toda a região. Esse monitoramento que nós fazemos nos principais corpos hídricos nos garante um manejo adequado para os diversos períodos do ano, obtendo os parâmetros do momento ideal para utilizar a água na irrigação ou para dessedentação de animais, entre outros”, informou Ferreira.
Controle de emissão de gases
A Usina Pindorama é a maior fabricante de etanol de Alagoas, com uma produção anual de cerca de 45 milhões de litros. Para essa produção, gases são gerados pela queima de bagaço da cana-de-açúcar ou madeira, utilizados na geração de energia das caldeiras.
Para garantir níveis aceitáveis de emissão de gases, a Pindorama adota medidas de monitoramento nas chaminés da indústria, como o lavador de gás, uma cortina de água que contribui para a redução da emissão de fuligem, de dióxido e monóxido de carbono, dióxido de enxofre, dentre outros, seguindo os padrões estabelecidos pela legislação ambiental.
Segundo Ferreira, esse monitoramento visa justamente garantir o cumprimento das normas legais e ambientais, reduzindo os impactos relacionados à saúde e também ao meio ambiente.
Outras ações
A Pindorama ainda desenvolve ações junto associações de catadores, como a Ascamari, através do Programa de Coleta de Resíduos para reciclagem. A empresa coleta o possível poluente do meio ambiente e doa à associação, gerando emprego e renda para famílias envolvidas.
A empresa ainda preserva uma reserva de Mata Atlântica com cerca de 15 hectares, na localidade conhecida como Planalto. Trata-se de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), onde é realizado o monitoramento, além de ações de educação ambiental para crianças e jovens da região, plantando nas futuras gerações o compromisso com a proteção dos recursos naturais e biodiversidade.
Outro cuidado de grande importância, tanto para o meio ambiente como para o próprio campo, é a reutilização dos resíduos oriundos da indústria, como vinhaça, torta de filtro e borra, que são utilizados como matéria orgânica na adubação de lotes, garantindo um solo mais fértil e propenso ao desenvolvimento das lavouras.
Bagaço
O reaproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar também é bastante difundido pela Cooperativa, que utiliza o resíduo para geração de energia da indústria, além de servir como alimento volumoso no Boitel Pindorama (confinamento coletivo de gado).
Há ainda a reutilização de resíduos provenientes da fabricação de alimentos, como casca do maracujá e outros restos de frutas, como abacaxi, acerola e coco, todos utilizados como complemento da alimentação animal.
Mesmo os cascos de coco que sobram da fabricação de alimentos são transformados em artesanato. Eles viram utensílios domésticos, como bowls, saboneteiras, porta-guardanapos e outros, gerando renda extra a mulheres que atuam no Centro de treinamento Rural de Pindorama-Cetrup.
A natureza fornece
O vice-presidente da Cooperativa Pindorama, Carlos Roberto Santos, enfatizou que todos os itens produzidos pela empresa são apenas transformações do que a natureza nos fornece.
“A cooperativa é uma empresa de transformação, que depende muito de matéria-prima. Nós sabemos que a matéria-prima é quase toda oriunda da natureza. Então, tudo o que a Pindorama transforma faz parte deste contexto”, observou.
“Não poderíamos deixar de ter essa preocupação com o a preservação do meio ambiente, em todos os níveis, em tudo aquilo que acontece nessa vasta área onde sobrevivemos, que é a circunscrição da Colônia Pindorama. São 32 mil hectares de terra, com lavouras e áreas de preservação. Tudo o que podemos fazer para preservar o meio ambiente a gente faz, colocando nisso uma importância fundamental. A natureza nos dá as condições de extrair o é de melhor dela para transformar em produto manufaturado, mas sempre de olho na preservação ambiental”, afirmou o vice-presidente.
E ele cita Antoine-Leurent de Lavoisier: “‘Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’, portanto, nada mais justo do que preservar o meio que fornece tudo aquilo que a vida necessita”.