Maceió, AL

30°C
Clear sky

Área degradada é recuperada em Delmiro Gouveia, após intervenção da FPI

Local que acumulava uma série de irregularidades ambientais foi transformado em área de preservação ambiental
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) da área do antigo matadouro público, aprovado pelo IMA, tem prazo de validade de 2 anos e deve ser concluído em 2023 (foto: Waldson Costa)

As ações educativas da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco são casos de sucesso. Anos após o primeiro trabalho de fiscalização e educação ambiental desenvolvido no Alto Sertão as iniciativas positivas se propagam por todos os cantos.

Entre elas está a recuperação da área degrada do antigo matadouro de Delmiro Gouveia. Onde antes estava instalado um equipamento público que acumulava uma série de irregularidades sanitárias e ambientais, hoje encontra-se uma área de preservação ambiental.

PUBLICIDADE


“Para isso, adotamos uma série de medidas administrativas. Colocamos em prática o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). Com ele, demolimos o prédio do antigo matadouro que foi embargado, retiramos as lagoas de materiais contaminantes, os resíduos sólidos e o esgoto que cortava a área. Cercamos o espaço e reflorestamos”, explica o secretário municipal de Meio Ambiente de Delmiro Gouveia, Marco Diniz.

O Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) da área do antigo matadouro público aprovado pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) tem prazo de validade de 2 anos e deve ser concluído em 2023.

“O processo para recuperação de áreas degradas não é fácil, mas é possível com muito trabalho, planejamento e dedicação. Ao tornar a área um espaço de Preservação Permanente (APP) pretendemos no futuro criar um parque para que o local possa ser desfrutado pela população”, completa Diniz.

Passado

Quando a FPI do São Francisco desembarcou em 2016 em Delmiro Gouveia, encontrou uma série de problemas no antigo matadouro público. O resultado na época foi o embargo do espaço que servia para abate de animais e uma coleção de multas que somadas chegaram a mais de R$ 773 mil.

O fechamento do equipamento público foi feito pela equipe da FPI, após técnicos do IMA e da Adeal constatarem falta de licença ambiental, lançamento de efluentes no meio ambiente e ausência de registro nos órgãos de controle e fiscalização.

A época, os gestores públicos foram atuados após a constatação das seguintes irregularidades: lançamento de resíduos sólidos e líquido in natura (sangue) a céu aberto e em cursos d’água, além de maus tratos de animais.