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Ufal tem 3 professores na lista dos cientistas mais influentes do mundo

A relação, elaborada pela Stanford University, é uma das mais conceituadas no meio acadêmico
Lista é considerada uma referência em termos de reconhecimento no campo científico (foto: Ascom Ufal)

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) foi mais uma vez citada com a inclusão de três pesquisadores na lista de cientistas mais influentes do mundo. A relação, elaborada pela Stanford University, é uma das mais conceituadas no meio acadêmico e conta com a colaboração da editora Elsevier BV.

A sexta versão atualizada da lista, publicada em 04 de outubro de 2023, inclui os 100.000 pesquisadores mais influentes globalmente, e dentre eles, 1.249 brasileiros.

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Vinculados à Ufal, foram citados os professores Osvaldo Rosso, que atua no Laboratório de Computação Científica e Análise Numérica (LaCCAN); o professor Glauber Silva, coordenador do Grupo de Acústica Física e Microfluídica ( GAFM ) e o professor Carlos Dornels, do Colegiado do Programa de Pós-Graduação em Ensino e Formação de Professores (PPGEFOP), do Campus Arapiraca.

A lista é considerada uma referência em termos de reconhecimento no campo científico, pois é baseada em critérios rigorosos. Os cientistas são classificados com base em métricas como citações, índice h, índice hm ajustado de coautoria e outras estatísticas relacionadas ao impacto de suas pesquisas.

Além disso, são classificados em 22 campos científicos e 176 subcampos, proporcionando uma visão abrangente das contribuições de cada pesquisador.

Osvaldo Rosso

O professor Osvaldo Rosso é um especialista em análise de séries temporais, dinâmica não-linear, teoria wavelet e teoria da informação, com aplicações em campos como Física, Biologia, Medicina e Economia.

Suas pesquisas têm impactado positivamente no tratamento de doenças como epilepsia e Alzheimer. Atualmente, sua equipe está investigando aplicações relacionadas ao Parkinson.

Osvaldo Anibal Rosso é argentino e integra o corpo docente da Ufal desde 2017. O professor é um acadêmico com ampla experiência internacional, tendo passado por instituições na Alemanha, Itália, China e Austrália.

Sua inclusão na lista dos cientistas mais influentes do mundo por três vezes consecutivas reflete não apenas a quantidade de seus artigos, que totalizam cerca de 46 atualmente, mas também o impacto real de suas pesquisas no avanço do conhecimento científico e na solução de problemas de saúde complexos.

O professor Rosso também destaca o orgulho de colaborar com outros pesquisadores de destaque, como a professora Fernanda Matias, que, no final de 2022, recebeu o Prêmio L’Oréal Brasil para Mulheres na Ciência.

“Tenho colaborado em pesquisas em várias universidades pelo mundo, mas considero que aqui no LaCCAN eu encontrei o meu lugar no mundo”, relata o pesquisador que vai fazer 70 anos.

Glauber Tomaz Silva

O pesquisador e professor do Instituto de Física (IF), Glauber Tomaz Silva, foi incluído pela terceira vez consecutiva na lista da Stanford. Ele é doutor em Ciência da Computação e pós-doutor em Dinâmica de Fluidos pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e Universidade Técnica da Dinamarca. Glauber coordena o Grupo de Acústica Física.

Em 2022, o professor Glauber Silva foi convidado pela Universidade de Lille, na França, para desenvolver atividades de pesquisa na área de acustofluídica. A missão científica aconteceu no Institut d’Életronique de Microéletronique et de Nanotechnologie (IEMN), considerado o maior centro de pesquisas em nanotecnologia do país europeu.

Ele atua na área de Acustofluídica, desde 2015.

“Neste campo, utilizamos ondas de ultrassom em estruturas microfluídicas tão delicadas quanto um fio de cabelo para a manipulação de células e nanopartículas. Estabelecemos colaborações com grupos de pesquisa da Ufal, USP, França e Estados Unidos. Além disso, temos uma spinoff chamada IntacLab, uma startup dedicada à fabricação de chips de microfluídica com materiais poliméricos. Esta empresa tem sido uma parceira em pesquisas aplicadas nas áreas de engenharia biomédica e ciências da vida”, relata ele.

Como pesquisador da Ufal, ele comemora o reconhecimento alcançado que reflete positivamente para a instituição.

“É importante o reconhecimento do trabalho dos professores-pesquisadores no âmbito internacional. Esse destaque serve dentre outras coisas para mostrar à sociedade sobre a importância e o valor das pesquisas desenvolvidas na Ufal em nível internacional. Naturalmente, esse resultado traz um impacto muito positivo na minha carreira de pesquisador”, ressalta.

Carlos Dornels

O professor e pesquisador Carlos Dornels é professor vinculado à Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), mas também tem vínculo com a Ufal, como membro do colegiado do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ensino e Formação de Professores, do Campus Arapiraca.

O mestrado foi aprovado em 2019, com o objetivo de “proporcionar aperfeiçoamento teórico e prático relativo aos processos de ensino e de aprendizagem que impacte diversos atores sociais”.

Dornels é fisioterapeuta sanitarista e epidemiologista.

Ele é doutor em Saúde Pública, área de concentração “Epidemiologia e controle de agravos à saúde”, pela Fundação Oswaldo Cruz, e tem um vasto campo de atuação e de pesquisa na área de Saúde Pública, incluindo Epidemiologia das doenças e agravos de interesse para a saúde pública e seus determinantes e condicionantes socioeconômicos; Vigilância em saúde e ambiente e suas tessituras; Monitoramento epidemiológicos de doenças e agravos em grupos vulneráveis. Ele também é criador do Projeto OASIS- Observatório de Análise Situacional em Saúde (em implantação na UNIVASF).

Atualmente, ele integra vários projetos de pesquisa, entre eles: Associação entre o Processo de Urbanização, o Risco Cardiovascular e Doença Cardiovascular Subclínica em Populações Indígenas da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco: Efeitos das Barragens e Transposição do São Francisco; Saúde no Brasil: Aspectos epidemiológicos, determinantes sociais da saúde e vulnerabilidades.; e Transmissão oculta da Hanseníase em área de Alta vulnerabilidade social do Nordeste do Brasil.