O estudante do 3º período do curso de Design da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Paulo Accioly, é um dos sete fotógrafos selecionados para expor seus trabalhos nas Olimpíadas 2024, em Paris, na França. A exposição tem o tema “Herança no Esporte” e foi aberta no último sábado (27), no Parque Urbano montado na Place de la Concorde.
Por meio de suas fotografias, Paulo Accioly conta a história da skatista alagoana Karolzinha.
“É assustador chegar num lugar como esse! E eu tô bem empolgado! É incrível, né? É uma coisa meio inesperada, porque a gente não tem noção de que um dia a gente vai ser convidado para participar do maior evento esportivo do mundo”, comentou.
O estudante da Ufal fotografou Karolzinha e seu pai para contar a história de como o skate mudou a vida da família.
“Eu fotografo a história dessa família, desse pai, que deixa como herança para ela o skate e ela deixa como herança para Maceió uma inspiração para que outras pessoas pratiquem o esporte. Muita gente hoje pratica inspirada nela”, destacou Paulo.
Karolzinha tem 19 anos; é um dos quatro nomes mais importantes do skate feminino nacional. Com apenas três vagas para as Olímpiadas, ela não foi convocada.
Entretanto, a atleta alagoana, promessa do bairro Vergel, estará presente no Parque Olímpico de Paris pelas lentes do estudante da Ufal e também prestigiará pessoalmente a exposição.
Seleção
Paulo Accioly transita entre Paris e Maceió desde 2020, quando estudou na capital francesa e manteve relações acadêmicas e profissionais com a École Kourtrajmé desde então.
Durante um trabalho de pesquisa por lá, em abril, foi convidado para fazer uma nova Residência Artística no mês de setembro. Mas a volta a Paris foi, felizmente, antecipada.
É que nesse meio tempo participou da seleção para a exposição nas Olimpíadas e foi o único brasileiro selecionado. Os outros seis são franceses. A exposição escolheu projetos que envolviam as modalidades que vão acontecer no Parque Urbano: breaking, BMX Freestyle, skate e competições de basquete 3×3.
A expectativa é que de cerca de 25 mil pessoas por dia passem pela exposição no Parque Urbano, totalizando mais de 300 mil visitantes que podem conhecer a história da alagoana e apreciar o trabalho do estudante da Ufal.
“É mais um passo gigante para um portfólio, para um currículo que começa a ser construído mais fortemente em 2020”, comemorou.