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Egresso da Ufal é aprovado em doutorado nos Estados Unidos

Ele pretende fazer o doutorado em Engenharia Civil, a partir de junho, pelos próximos cinco anos e, em seguida, pós-doc
Ex-aluno da Ufal, João Gabriel é morador de Boca da Mata (foto: Ascom Ufal)

Egresso do curso de graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), João Gabriel da Costa de Souza Duarte foi recém-aprovado para o doutorado em Engenharia Civil na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos.

“A aplicação do doutorado foi bastante trabalhosa. Como eu não tenho mestrado, eu tinha que fazer uma aplicação exemplar”, conta João sobre o desafio de provar que merecia a vaga.

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Mas ele não mediu esforços. Mesmo com um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em andamento e passando por uma fase importante nas atividades que exercia no trabalho como cientista de dados de uma grande empresa de varejo, ele conseguiu tempo para se dedicar à aplicação do doutorado. O propósito maior estava perto de ser alcançado.

O ex-aluno da Ufal contou com a ajuda da mentoria do Brasa, grupo formado por estudantes brasileiros que vivem e estudam no exterior, e conseguiu escrever carta de motivação, fazer prova de proficiência em inglês, traduzir documentos e procurar universidades que tinham a linha de pesquisa que gostaria de seguir: Dinâmica estrutural.

Ele foi aprovado em três universidades dos Estados Unidos: University of Minnesota, University of Pittsburgh, e a North Carolina State University. Foi então que o egresso da Ufal, morador de Boca da Mata, tinha nas mãos o privilégio da escolha.

“Escolhi a University of Minnesota pelo fato do meu futuro orientador ser brasileiro e egresso da Ufal. Além disso, a universidade apresenta ótimas condições e oportunidades de desenvolvimento para um estudante internacional”, revelou.

João está contando os dias para embarcar para o novo destino e ser recebido pelo orientador, o professor Ketson dos Santos, que também estudou Engenharia Civil na Ufal e hoje colhe os frutos numa importante instituição.

“As expectativas estão bem altas. Sei que o nível de exigência vai ser grande, mas me sinto preparado para o novo desafio. Claro que a minha adaptação vai ser difícil, mas tenho certeza que vou conseguir superar”, comentou o estudante, já acostumado com provações.

Bagagem

Ninguém duvida que João vai superar a adaptação da pós-graduação. O voo pode até ser o mais alto, mas a bagagem dele já é preparada para turbulências. Desde o ensino médio, cursado no Instituto Federal de Alagoas (Ifal), até 2020 quando as aulas da graduação na Ufal passaram a ser remotas, o aluno pegava a rota Boca da Mata – Maceió todos os dias, indo e voltando.

Acordar cedo e dormir tarde para investir tempo em estudo foi sua rotina durante grande parte da vida. Isso porque ele quis explorar a graduação com todos os recursos e possibilidades.

João se envolveu com pesquisas no Laboratório de Computação Científica e Visualização (LCCV), em projetos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), foi monitor por dois anos e fez parte do Centro Acadêmico de Engenharia Civil por quatro anos. Para encarar o cansaço da rotina, só com um bom serviço de bordo.

“Tive que ter muita força de vontade e persistência. Mas eu estava envolto de um ambiente e de pessoas que me incentivavam a continuar com o meu trabalho, pois eu receberia grandes frutos no futuro. Muitas pessoas me ajudaram na minha trajetória, em especial o professor João Carlos Barbirato e o professor Eduardo Toledo, ambos do Ctec. Além disso, dois pesquisadores do LCCV também me ajudaram bastante no início da minha pesquisa: Tiago Lobo e Diogo Cintra”, nominou os pilotos do trajeto que o levaram a chegar à Minnesota.

Paixão pela docência

João conta que tudo isso contribuiu para moldar sua personalidade para se tornar um pesquisador e acender a paixão pela docência. Ele pretende fazer o doutorado em Engenharia Civil, a partir de junho, pelos próximos cinco anos e, em seguida, um pós-doc para substanciar a carreira de docente. O plano de voo já está pronto! Precisa ser ousado e destemido:

“O que me inspira hoje é contribuir para o desenvolvimento da engenharia e da computação. E acredito que com a minha pesquisa farei isso. Além disso, estou disposto a ajudar outras pessoas que tenham sonhos parecidos com os meus. Eu diria que o caminho é difícil, mas que não desistir é o primeiro passo para alcançar o sucesso”.

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