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Alagoanas se despedem das Olimpíadas com mensagens de otimismo, orgulho e gratidão

Marta foi prata com a Seleção Brasileira de Futebol Feminino e Duda Arakaki deu exemplo de força e espírito olímpico
Alagoanas Duda Arakaki e Marta representaram Alagoas nos Jogos Olímpicos de Paris (fotos: Arquivo Pessoal / CBF)

As alagoanas Marta e Duda Arakaki se despediram das Olimpíadas de Paris 2024 com mensagens de otimismo, orgulho e gratidão. A atacante da Seleção Brasileira de Futebol Feminino encerrou o que deve ser o último ciclo olímpico dela com a medalha de prata, neste sábado (10), após a derrota para os Estados Unidos por 1 a 0.

A alagoana de Dois Riachos, eleita seis vezes a melhor do mundo, voltou a fazer história com a prata conquistada na França. Marta é agora a maior recordista de medalhas do futebol brasileiro com as conquistas de prata em Paris, Atenas (2004) e Pequim (2008).

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“Então é isso aí, a medalha de prata, mas na vida a gente é ouro”, disse Marta, em entrevista à TV Globo, após receber uma mensagem da mãe dela, depois da partida.

“Minha guerreira! É a pessoa que mais me incentivou. Eu não tinha uma ídola no futebol feminino quando comecei a jogar, e a minha mãe era isso pra mim, porque era uma história dela, uma história de superação com quatro filhos pra criar no Sertão de Alagoas, não é fácil. Então, eu tinha que fazer alguma coisa e, graças a Deus, Deus me abençoou com a bola nos pés pra que eu pudesse mudar não só a minha vida, mas a vida dela também, e de muitas outras pessoas”, disse Marta.

A alagoana ressaltou o trabalho desenvolvido pelo técnico da Seleção Feminina, Arthur Elias; falou da importância em se dar continuidade ao projeto e exaltou o resgate promovido pela equipe que, após 16 anos, colocou o Brasil de volta a uma final olímpica.

“A gente teve uns altos e baixos, mas a gente não deixou de acreditar que era possível estar aqui, jogando uma final novamente, entrando pra história sendo medalhista olímpica. E agora é dar continuidade a esse trabalho. O mais importante que eu acredito hoje, e o que a gente leva dessas Olimpíadas, é o resgate que a gente fez, do orgulho, das pessoas falarem do futebol feminino, das pessoas começarem a acreditar mais no futebol feminino, porque infelizmente, nas competições passadas, a gente não deixou uma boa impressão”, avaliou Marta.

Resiliência

Já a ginasta alagoana Duda Arakaki e as demais integrantes da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica deram exemplo de resiliência e um show de espírito olímpico, mesmo eliminadas, na sexta-feira (9), das finais da modalidade, após a lesão na panturrilha esquerda de Victória Borges, atleta sergipana de 22 anos.

“Fim de mais um ciclo olímpico, e eu não poderia estar mais orgulhosa! Obrigada Deus, obrigada minhas irmãs e companheiras de trabalho por não desistirem e lutarem com unhas e dentes, dando o sangue lá dentro de quadra e todos os dias até chegar aqui”, escreveu Duda, em postagem no Instagram.

“Meu coração transborda de gratidão e alívio, porque eu sei que a gente se entregou por inteiro nesse processo”, acrescentou.