Arthur Antunes Coimbra, o Zico. A história do maior ídolo da torcida flamenguista e um dos melhores meias do futebol mundial pode ser conhecida ou revisitada na exposição interativa Zico Park, instalada no Parque Shopping, em Maceió. Aberta em 1º de setembro, a arena permanece na capital alagoana até o dia 25 deste mês.
“Vocês vão poder conhecer um pouco da minha história. São camisas que eu usei, troféus que ganhei, algumas atrações para a garotada. Já tivemos em Vitória, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e agora em Maceió”, anunciou Zico, por meio das redes sociais.
O Alagoas Notícia Boa (ALNB) foi lá conferir as atrações do Zico Park. O pequeno museu com peças que fizeram parte da trajetória vitoriosa do “Galinho de Quintino” é a seção mais interessante para os apaixonados pelo futebol e, sobretudo, para os fãs de Zico e torcedores do Flamengo.
Ali são encontrados troféus, a exemplo do Bola de Prata do Campeonato Brasileiro de 1980, competição em que Zico foi o artilheiro com 21 gols, levando o Flamengo ao título da competição nacional. Um ano depois, o Flamengo de Zico seria campeão mundial, ao vencer o Liverpool por 3 a 0, no Japão.
Zico, aliás, é o maior artilheiro da história do Estádio do Maracanã, com 334 gols em 435 partidas. Marcou 135 gols em Campeonatos Brasileiros. Foi o único jogador da história do Flamengo a disputar mais de uma Copa do Mundo como atleta do clube, indo aos Mundiais de 1978, 1982 e 1986 pela Seleção Brasileira.
Segundo a FIFA, o “Camisa 10” foi um dos três melhores jogadores do futebol brasileiro no século XX, ao lado de Pelé e Garrincha.
E por falar em camisa, a exposição traz uniformes oficiais da Udinese (ITA) e do Kashima Antlers (JP), clubes internacionais defendidos pelo Galinho, que passou a maior parte de sua carreira no Flamengo, mas que também foi vitorioso no exterior.
No Japão, na década de 1990, tornou-se responsável pela profissionalização e popularização do futebol naquele país, onde é ídolo até hoje.
Duas camisas em especial usadas por Zico se destacam na exposição. Uma delas – rasgada durante uma partida do Flamengo – foi eternizada em resina. A outra foi envergada pelo Galinho defendendo a Seleção Brasileira.
Naquela partida, realizada em 15 de maio de 1981, ele faria o gol de número 500, ajudando o Brasil a vencer a França por 3 a 1.
O coordenador do Zico Park, Kadu Bezerra, informa que depois de Maceió, a exposição segue para Aracaju e Rio de Janeiro.
“A proposta é levar a todos os flamenguistas e fãs do Zico um abraço, um momento, um afeto que ele tem por todos aqui no Brasil. O Flamengo é uma grande família; a gente gosta de estar junto, de ter alegria e de estar trocando energia. É isso o que o Park está fazendo: a gente está rodando o Brasil com essa energia”, resume.
Além do museu, o Zico Park tem sala de vídeo com reportagens e os gols do Galinho. Possui área para a garotada jogar futebol e futmesa, além de jogos eletrônicos e de realidade virtual.
Zico era um exímio cobrador de faltas. Para atingir a perfeição, ao fim dos treinos, ele colocava uma camisa na “gaveta” – encontro da trave com o travessão – e só saía dali quando acertava o ângulo. No Zico Park, a camisa sobre a trave simboliza a dedicação profissional do Galinho, craque dentro e fora do campo.
Serviço
Os ingressos custam R$ 25, de segunda à sexta-feira; e R$ 30 aos sábados e domingos. De segunda a sábado, o Zico Park funciona das 10h às 22 horas; e aos domingos, do meio-dia às 22 horas, na Praça Central, Piso L1, do Parque Shopping, bairro de Cruz das Almas, em Maceió.