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TJAL oficializa 320 casamentos em cerimônia no Teatro Deodoro

Juiz André Gêda, da Justiça Itinerante, reforçou que oficializações de uniões garantem direitos civis aos casais
Maria Luiza e Júlia Ferreira oficializam união com apoio da Justiça Itinerante, do TJAL

Foi com um caloroso “SIM” que o Teatro Deodoro foi palco de 320 casamentos. O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), por meio da Justiça Itinerante, e em parceria com o Centro de Acolhimento Ezequias Rocha Rêgo (CAERR), celebrou o amor durante uma cerimônia conduzida pelo juiz André Gêda.

A atendente de telemarketing, Maria Luíza Nogueira, de 21 anos, e a técnica de enfermagem Júlia Glaucielle Ferreira, de 23 anos, se conheceram há mais de seis anos e se tornaram amigas. Elas começaram a namorar há um ano de três meses. Nesta segunda, elas aproveitaram a oportunidade para oficializar a união.

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“Eu fico muito feliz porque eu sempre tive a certeza que era ela, que seria ela e a Maria Luíza sabe disso. Os nossos direitos agora estão respaldados, vamos poder ter os nossos filhos, poder, sim, construir a nossa família e ir de encontro a todos os padrões que a sociedade impôs”, declarou Júlia.

Garantia de direitos

O magistrado André Gêda, coordenador da Justiça Itinerante, reforçou a importância de regularizar a união perante a lei, garantindo direitos e proporcionando a cidadania. “O casamento é a preservação de uma das maiores instituições, que é a família”, comentou o juiz.

Mesmo sendo uma instituição LGBTQIA+ que solicitou a ação da Justiça Itinerante, as inscrições foram abertas para casais heterossexuais também, conforme explicou o presidente do CAERR, Nildo Correia.

“Sempre buscamos que os serviços alcancem o máximo de pessoas independente de orientação sexual e identidade de gênero. Já estamos na 7ª edição através da parceria com o Tribunal de Justiça, por meio do programa Justiça Itinerante”, informou Nildo Correia, presidente do CAERR.

Evangélicos regulariam união

Maria Alexandra dos Santos (45) e Pedro Henrique dos Santos (28) já estavam juntos há seis anos e viram uma reportagem de TV noticiando o casamento coletivo e decidiram se casar. “Queríamos a legalidade dos homens aqui na terra e perante Deus, porque somos evangélicos e queríamos legalizar a nossa situação em Cristo”, comentou a noiva.

As associações, igrejas, organizações sem fins lucrativos ou instituições públicas podem procurar a Justiça Itinerante para solicitar e agendar casamentos coletivos.