Móveis inservíveis, resíduo domiciliar, restos de poda de árvore e da construção civil. Estes são os materiais comumente encontrados nos mais de 180 pontos crônicos de descarte irregular espalhados pela capital alagoana.
No entanto, essa realidade vem sendo alterada aos poucos pela Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb) que trabalha com o mapeamento e transformação desses locais em áreas sustentáveis.
Esta semana, o órgão atuou em dois pontos, anteriormente visitados, localizados na Jatiúca e no Ouro Preto. Nestas áreas, onde havia muito lixo despejado por moradores e comerciantes que residem ou transitam na região, agora há esperança e preservação.
Os locais receberam mudas de Espada de São Jorge, Ipês e Jasmin. Foram contemplados, ainda, com paisagismos e brinquedos produzidos a partir do reuso de pneus, filtros e blocos de concreto.
Morador do Ouro Preto há 13 anos, Antônio Mário diz que não aguentava mais o péssimo odor do lixo na região.
“Aqui perto de casa o pessoal sempre jogava muita coisa e isso atrapalhava eu e minha esposa devido ao fedor. Agora, espero que as pessoas respeitem a revitalização que foi feita e aproveitem o espaço que foi devolvido para nós”, afirmou.
Os muros próximos dos pontos de lixo também receberam uma pintura com imagens infantis, deixando o local mais divertido e convidativo para quem ali reside.
Convívio
A diretora-executiva da Alurb, Kedyna Tavares, fala sobre a importância destas transformações.
“Antes de se tornar um ponto de lixo, estes locais eram de convívio social, onde as pessoas transitavam sem problemas, brincavam com suas crianças ou até faziam reuniões. Então, devolver um local desse para eles é muito significante”, disse.
Outra ação realizada foi a educação ambiental. Servidores da Alurb foram de porta em porta explicar a atividade realizada no ponto de lixo e orientar a respeito do descarte correto dos materiais e da preservação daquela área.
“Todos que residem perto dos locais revitalizados ficaram cientes de suas responsabilidades, de como preservar a área, de como aproveitá-la melhor e entender que todos da comunidade também querem utilizar. Assim, irão dividir funções e cuidar do ambiente que proporcionamos”, completou a diretora.
