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Lorrany, de 9 anos, cria histórias e confecciona os próprios livros

Em festa literária, estudante de escola pública demonstrou talento com livros sobre aventuras e contos de fadas
Escritora Lorrany é estudante de escola da rede de ensino de Maceió

“Quando eu tinha 5 anos comecei a ler e a escrever. Criei as histórias quando não tinha nada para fazer. Peguei os papéis, dobrei e montei os livrinhos”, explica Lorrany Tiffany da Silva, 9 anos.

A garota estuda no 4º ano do Ensino Fundamental, na Escola Municipal Eulina Alencar, localizada no Jacintinho, em Maceió. Ela é uma das 659 estudantes da referida unidade de ensino.

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Ela participou da Festa Literária do projeto VaLER a Pena, quando apresentou seus trabalhos para todos os colegas. “Fiquei com vergonha, mas, ao mesmo tempo, muito feliz e animada”, comenta Lorrany.

Lorrany narra bem os fatos e as inspirações que a motivam a escrever. Suas histórias consistem em transformar momentos do cotidiano, especialmente objetos, em algo vivo e falante.

Contos de fadas, fábulas, aventuras, fantasias, são alguns dos gêneros que ela aborda nos livros, que já chegam a mais de 100. Gatos, cachorros, macacos, abelhas, armários e mesas vivas.

A amizade entre flores que falam, a conversa entre um guarda-chuva e uma cadeira são resultados de sua imaginação criativa. As personagens ganham vida no mundo criado pela estudante.

“Eu penso em animais, pessoas, objetos. E eu invento. Fiz também um livro ‘Se os Móveis Falassem’. Eu gosto muito de desenhar as histórias e também é fácil escrever, criar”, completa.

Inspirações da sua professora

Lorrany recebeu o apoio e a motivação com as aulas de sua professora do 3º ano, Elizabeth Gonçalves, que lhe estimulou com atividades de escrita, leitura e expressão oral.

“Hoje em dia, está mais esperta, solta, mais confortável com as palavras. É muito gratificante presenciar esse avanço, com tão pouca idade”, enfatizou a professora.

Lorrany já demonstrava interesse pela escrita desde os 4 anos, até que revelou para o pai, autônomo, que preferia ser escritora, ao invés de enfermeira. .

“Eu quero escrever sobre animais, sobre coisas antigas, sobre o futuro e vou escrever outro livro sobre isso. E no futuro vou fazer um livro de capa dura”, ressalta.

Modelo para outros estudantes

“Ela elaborava textos para presentear as professoras, a mim, à coordenação. Lorrany sempre foi observadora”, afirma Marlene, diretora da escola.

A diretora acredita que são essas ações, de incentivo à leitura, que movem o mundo e contribuem para o desempenho no município no IDEB.

“Eu sei que as demandas são muitas, mas todo mundo reconhece a importância de cada programa e projeto aqui na escola”, salienta.