O prefeito de Maceió, JHC, lançou nesta segunda-feira (30) o Família Acolhedora. O programa vai garantir a proteção social e o acolhimento familiar de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar por determinação judicial. O objetivo da iniciativa, considerada pioneira em Alagoas, é reconstruir vínculos familiares e comunitários.
Durante a sua fala, o prefeito destacou, mais uma vez, que a capital alagoana sai na frente e é a primeira cidade do Estado a assegurar uma modalidade exitosa no amparo à juventude.
“É motivo de muita honra e alegria lançar o Família Acolhedora que é uma ação tão importante e, sobretudo, porque tem um significado e amplitude para cuidar das nossas crianças e adolescentes. Eles não podem continuar invisíveis e o Poder Público investe para que as crianças e adolescentes sejam protegidas e amparadas pelo Município”, ressalta o prefeito.
JHC reforçou que todos os órgãos estarão atuando de forma integrada para garantir cuidado humanizado às crianças e adolescentes.
“A expectativa é que a gente tenha um projeto exitoso, com todo o apoio dos órgãos de controle, para ter todo esse acompanhamento, evitando assim o estágio final da jornada, que é o acolhimento institucional. Vamos humanizar esse acolhimento para que essas crianças tenham essa referência de família”, complementa.
O secretário de Assistência Social, Claydson Moura, afirmou que o programa vai transformar a vida das pessoas.
“A família cadastrada passará por um treinamento para receber as instruções necessárias para manter essa criança com muita dignidade e recuperar o sentimento de família de volta, fazendo com que eles enxerguem isso”, disse.
Acolhimento
O programa contará com serviço de acolhimento humanizado e vai envolver diversas secretarias como, Educação, Saúde e Gabinete da Mulher.
A diretora de Proteção Social Especial da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Tatiana Boia, falou da importância da implantação dessa nova modalidade de acolhimento.
“A família cadastrada e habilitada, que irá precisar passar por uma série de análises e avaliações, vai receber uma quantia para o custeio dessa criança. Cabe destacar que não é fonte de renda extra, é um valor para contribuir na garantia dos direitos do acolhido. Vale salientar também que as famílias que irão acolher, não poderão adotar essa criança”, explicou.
Representando o Poder Judiciário, a juíza Soraya Maranhão, que integra a Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), parabenizou aos que integraram o desenvolvimento do programa e afirmou que o município poderá contar com o judiciário.
“O Município de Maceió está de parabéns, por ser um dos poucos municípios no Brasil a instituir, por meio de lei, o projeto de família acolhedora. Iremos apoiar a execução desse projeto da melhor forma possível e juntos vamos proporcionar às nossas crianças e adolescentes que seus direitos sejam respeitados”, garantiu.
A psicóloga da Assistência Social, Lidiane Guedes, falou sobre o Família Acolhedora e destacou que será fundamental para o desenvolvimento das crianças.
“O programa foi construído baseado em pesquisas científicas e na percepção de que as crianças se desenvolvem melhor no meio comunitário, o que acaba não acontecendo quando elas estão em abrigos institucionais. Para as crianças é um desenvolvimento adequado de sua personalidade como um todo”.
Quem participa
Para participar do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora, as famílias precisam ser residentes em Maceió por, no mínimo, dois anos e ao menos um de seus membros deve ser maior de 21 anos sem restrição de gênero ou estado civil.
A inscrição das famílias interessadas em participar do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora será gratuita e permanente, realizada por meio do preenchimento de Ficha de Cadastro do Serviço.
A seleção das famílias inscritas vai acontecer de forma permanente através de estudo social e análise psicológica de responsabilidade da Equipe Técnica do Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora. As inscrições serão abertas e divulgadas em breve.