A aposentada Zelândia de Jesus (59), que dormia sobre quatro cadeiras num cômodo miúdo, e em companhia de ratos e baratas, é uma das 7.900 pessoas cujas vidas mudaram para melhor quando deixaram a favela Sururu de Capote, no Vergel do Lago, para viver no residencial Alamedas do Pontal, no Benedito Bentes, Maceió.
Dias antes de se mudar, ela dialogou com o jornalista Maurício Manoel, a quem fez uma confidência: “Não tenho banheiro, não tenho espaço para colocar uma cama. O barraco está com escoras e com a chuva e com a chuva se aproximando tem risco de cair. Já acordei com ratos e baratas sobre mim”.
Instalada no endereço que lhe devolveu a dignidade inexistente na favela, dona Zelândia reencontrou o jornalista, que colheu o seguinte testemunho: “Uma bênção de Deus na minha vida. O apartamento é bonito, muito bom. No banheiro, tem até uns locais para me apoiar enquanto tomo banho”.
Hoje, toma banho até sentada; na favela, banhava-se com uma cuia. “Vou viver direitinho até morrer”, comentou, feliz da vida, a cidadã que vivia num barraco de 1,5 m x 5 m que ameaçava desabar. Além dela, outras 480 famílias deixaram a favela para ser feliz no residencial Alamedas do Pontal.
Construção de unidades habitacionais
Na região do complexo Benedito Bentes, outros três residenciais estão em construção. Somam 1.440 unidades habitacionais. Na Santa Amélia, mais três residenciais estão em construção, totalizando 1.180 apartamentos. No Santos Dumont, outras 192 casas estão sendo edificadas, informa a Prefeitura.
Na região onde Zelândia sobrevivia de forma indigna, a Prefeitura está edificando um residencial com 1.776 apartamentos. Os imóveis vão abrigar moradores das favelas Sururu de Capote, Peixe e Muvuca e que compõem levantamento habitacional realizado em 2019.
“Não temos medido esforços para garantir moradia digna a quem mais precisa. Já entregamos 1.980 apartamentos”, afirmou Eduardo Rossiter, secretário Municipal de Habitação, e que enalteceu, por meio de assessoria de imprensa, a gestão do prefeito João Henrique Caldas, o JHC.
