A Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL) divulgou, nesta sexta-feira (9), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Maceió para o mês de agosto. O indicador registrou 130,8 pontos. De acordo com a série histórica, este é o melhor resultado mensal desde maio de 2013, quando o índice apresentou 131,1 pontos.
A pesquisa é feita pelo Instituto Fecomércio Alagoas, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este ano, de janeiro a maio, o ICEC chegou a exibir uma tendência de baixa significativa, com queda de 10,69%, indo de 128,1 pontos a 114,4 pontos nos primeiros cinco meses de 2022.
Contudo, a partir de junho, o cenário mudou e, em três meses, o índice registrou uma alta de 14,3%. Na comparação com julho, quando o levantamento registrou 128,9 pontos, a variação registrada é de +1,47%.
“O segundo semestre conta com as maiores datas comemorativas do ano, em termos de faturamento, a exemplo da Black Friday e do Natal, o que, por si só, gera uma expectativa importante para os empresários e, como consequência, repercute no número de contratações e no incremento das vendas”, explica o economista e coordenador do Instituto Fecomércio, Victor Hortencio.
“Mas é preciso salientar também que a economia ganhou um reforço considerável com a ampliação, até dezembro, dos auxílios governamentais”, acrescenta.
Diante desse contexto de crescimento mês a mês e renovação de máxima histórica, Hortencio destaca que o patamar de otimismo percebido em agosto é semelhante ao estágio em que se encontrava a confiança do empresário de Maceió no último trimestre de 2021.
Redução
De acordo com o coordenador do Instituto Fecomércio, a movimentação de recuperação nos números de emprego também tem contribuído para esse cenário, que apresenta tendência de alta tanto no ICEC quanto no ICF (Intenção de Consumo das Famílias) da capital alagoana.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação caiu em 22 das 27 unidades federativas do Brasil.
Na comparação entre o primeiro trimestre (10,5%) e o segundo trimestre (9,1%) do ano, em âmbito nacional, o desemprego recuou 1,4 pontos percentuais. Já localmente, a variação foi mais acentuada, saindo de 14,1% no primeiro trimestre para 11,1% no segundo trimestre de 2022.