“Ainda existem pessoas de bom coração no mundo”. A constatação é do motorista Francisco dos Santos, 59 anos. Ele recebeu, na terça-feira (24), um veículo novinho após ter o automóvel, uma Parati que utilizava para fazer o transporte de passageiros, destruído por vândalos de uma torcida organizada do CSA. O fato aconteceu no domingo (22), na Avenida Gustavo Paiva, bairro de Mangabeiras, em Maceió.
O novo veículo foi doado pelos influenciadores digitais Verolayne e Williams Correia, que são torcedores do time azulino. Eles ficaram comovidos com a situação do motorista, que tinha no antigo veículo a única ferramenta de trabalho para alimentar a família, residente em Ipioca, onde aconteceu a entrega.
“Nos sentimos extremamente felizes por saber que ainda existem pessoas de bom coração no mundo. A ficha não caiu ainda, nunca pensei na minha vida que poderiam fazer algo dessa proporção. Sou muito grato a Deus e a todos que me ajudaram”, disse Francisco ao Alagoas Notícia Boa (ALNB).
“Ver a história do Sr. Francisco na internet me sensibilizou muito e eu decidi, junto com a @verolayne, comprar um carro para esse trabalhador. A mensagem que eu deixo para todos é que, independente de time, vamos amar mais o próximo”, escreveu Williams no Instagram.
Ele foi surpreendido e agredido por vândalos ao passar pela Avenida Gustavo Paiva, tomada pelos criminosos que estavam armados com paus, pedras e artefatos explosivos. Ele e os passageiros vestiam camisas do clube rival, o CRB. Francisco acredita que, por isso, foi hostilizado, agredido e teve o carro depredado.
“Estou extremamente grato. Que as pessoas sejam conscientes e que a justiça seja feita”, clama o trabalhador.
MPAL
Ao tomar conhecimento das agressões e de possíveis confrontos entre torcidas organizadas, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio das 37ª e 41ª Promotorias de Justiça do Torcedor, informou que manteve contato com o Comando de Policiamento da Capital (CPC) solicitando relatório e as devidas identificações das torcidas, bem como dos torcedores envolvidos, para que sejam adotadas as medidas cabíveis.
O MPAL reafirmou, ainda por meio de nota, que “repudia veementemente tais atos violentos, causadores de pânico e insegurança à sociedade, paralelamente informa que não serão medidos esforços para que os responsáveis sejam exemplarmente punidos”.