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Nordeste lidera recolhimento de eletrônicos para destinação adequada

De janeiro a maio, foram mais de 114,1 toneladas arrecadadas; em Alagoas, recolhimento é feito por órgãos federais
Em todo o país, a iniciativa do MCom recebeu 257 toneladas de equipamentos e itens eletrônicos em 2023 (foto: MCom)

O Nordeste foi a região do país que mais arrecadou equipamentos e itens eletrônicos por meio do Programa Computadores para Inclusão, do Ministério das Comunicações (MCom). De janeiro a maio deste ano, foram mais de 114,1 toneladas recolhidas.

Em todo o país, Sergipe foi o estado que mais arrecadou itens que foram recondicionados ou tiveram uma destinação adequada, totalizando 47,6 toneladas de eletrônicos.

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O estado de Pernambuco coletou mais de 26,4 toneladas de eletrônicos; na Bahia foram mais de 26,4 toneladas; no Rio Grande do Norte, 3,5 toneladas; no Piauí, 2,7 toneladas; no Ceará, 2,5 toneladas; no Maranhão, 955,8 quilos; e em Alagoas, 341,2 quilos.

O MCom informou que os descartes realizados em Alagoas, assim como em outros estados que não contam com Centros de Recondicionamento de Computadores (CRC), foram realizados por órgãos públicos federais.

“Em casos de retiradas grandes (mais de 800 itens ou uma tonelada) pedimos que seja feito contato diretamente com o Ministério das Comunicações por meio do e-mail [email protected] para ser agendada a retirada por um CRC de outro estado”, recomenda o MCom.

Além do impacto ambiental ligado ao descarte dos resíduos, a iniciativa possibilita a formação de jovens por meio de oficinas, cursos de manutenção e operação de computadores e beneficia entidades que promovem a inclusão digital de famílias em vulnerabilidade social.

Brasil

Em todo o país, a iniciativa do MCom recebeu 257 toneladas de equipamentos e itens eletrônicos em 2023. O Nordeste foi a região que mais arrecadou, sendo 114,1 toneladas no total.

Em seguida estão Sudeste, com 62,1 toneladas; Centro-Oeste, com 48,6 toneladas; Sul, com 10,9 toneladas; e Norte, com 9,5 toneladas.

Ao adaptar um estudo elaborado pela Green Eletron, maior gestora sem fins lucrativos de logística reversa de eletrônicos e parceira do Ministério das Comunicações, foi calculado o impacto ambiental da destinação correta de bens eletroeletrônicos através do Programa Computadores para Inclusão.

Números

O estudo desenvolveu um modelo de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) para identificar os impactos e benefícios ambientais do tratamento de resíduos feito pela empresa.

Pela reciclagem dessas 257 toneladas coletadas, foi possível evitar a emissão de 455 toneladas de CO2. No que se refere ao consumo de água, estima-se que foram evitados o uso de 4,38 mil metros cúbicos. Também foi possível evitar o uso de 6.668,8 GJ de diesel, ou o mesmo que 156,6 toneladas do combustível.

Em março, o MCom e a Green Eletron, gestora sem fins lucrativos especializada na operacionalização de logística reversa de pilhas, baterias e eletrônicos, fundada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), firmaram um Acordo de Cooperação para criar estratégias que visam aprimorar o programa Computadores para Inclusão.

A parceria tem o objetivo de reforçar as medidas que garantam a destinação final ambientalmente adequada dos equipamentos eletroeletrônicos tratados por meio da iniciativa.

Outra meta é sensibilizar a administração pública quanto aos riscos ambientais e de proteção de dados relacionados ao desfazimento de eletroeletrônicos.

O programa

O programa Computadores para Inclusão foi implementado há 19 anos, no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em dezembro de 2022, a iniciativa foi reforçada com a sanção da Lei Nº 14.479/2022, que instituiu a Política Nacional de Desfazimento e Recondicionamento de Equipamentos Eletroeletrônicos.

No total, cerca de 30 mil equipamentos já foram recondicionados e doados a pontos de inclusão digital espalhados em 695 municípios. Atualmente, são 20 CRCs autorizados pelo país, responsáveis pela entrega de máquinas testadas, em condições de uso, com programas e aplicativos instalados.

O Computadores para Inclusão conta com 20 Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs), presentes, hoje, em 14 estados brasileiros. Desde 2004, o MCom já investiu mais de R$ 38 milhões no programa, viabilizando a promoção da inclusão digital no país.

“Todo este esforço que realizamos por meio do Programa Computadores para Inclusão reforça o comprometimento e a posição do governo federal contra o descarte de lixo em locais inadequados e o fomento à educação e conscientização da população para com o desenvolvimento sustentável, contribuindo com a preservação do meio ambiente”, comentou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.