Uma comissão formada por entidades ligadas ao setor sucroenergético visitou a primeira estação experimental para abastecimento de hidrogênio a etanol do mundo, em desenvolvimento na Escola de Engenharia Mecânica da Politécnica, vinculada à Universidade de São Paulo (USP). A visita aconteceu em parceria com a Federação Paulista de Agricultura.
Representante da Cooperativa Pindorama, o presidente Klécio Santos conheceu o veículo Mirai, cedido pela Toyota para testar a performance da troca de motores à combustão interna por hidrogênio produzido a partir do etanol.
Grande incentivador do uso do etanol como adaptação para as novas necessidades sustentáveis, Klécio Santos se disse entusiasmado com a tecnologia que está sendo implementada.
“Em breve serão abastecidos até mesmo veículos de grande porte. No caso do carro Toyota de 180 cavalos, aqui representado, a previsão é de rodar 17 Km com apenas um litro de etanol. Já estamos ansiosos pelo uso dessa tecnologia em outros postos pelo Brasil. O que se projeta é que, num futuro próximo, a implantação dessa tecnologia terá custo similar, para os postos, ao equipamento usado no abastecimento de carros à GNV”, vibrou o presidente da Cooperativa Pindorama, a maior produtora de etanol de cana-de-açúcar de Alagoas e a primeira usina de etanol de milho do Norte-Nordeste do Brasil.
Reator
De acordo com a USP, no conjunto de equipamentos a serem instalados na estação terá um reformador a vapor, capaz de converter o etanol em hidrogênio por meio de um processo químico denominado “reforma a vapor”, quando o etanol, submetido a temperaturas e pressões específicas, reage com água dentro de um reator.
Tirson Meirelles, vice-presidente da Faesp, acompanhou a comitiva em visita à USP, na ocasião composta por Nelson Peres, presidente da Comissão de Cana da CNA; Alexandre Andrade Lima, vice-presidente da Feplana; o CEO da Orplana, Guilherme Nogueira; além do presidente da Canasol, Luís Henrique Scabello, que é tesoureiro da Feplana.