A estudante da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Nayara Barreto da Costa, foi aprovada no doutorado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), uma das mais renomadas instituições na área de pesquisa científica e tecnológica. Residente no município de Pilar, região da Grande Maceió, Nayara cursou toda a educação básica na rede pública de ensino.
A possibilidade de seguir a carreira acadêmica já era algo pensado por Nayara, mesmo que de uma “forma superficial”, e foram as oportunidades encontradas na Ufal que tornaram o pensar em realidade.
E esse percurso acadêmico foi se concretizando de forma contínua: ela concluiu a licenciatura e logo iniciou o mestrado. Na busca do título de mestre, já começou o bacharelado. E ainda trabalhando nos dados para obter o grau de bacharel em Geografia, vai em busca do conhecimento e do título de doutora pelo Inpe.
“Estudando na Ufal, descobri novas habilidades, amadureci mais enquanto pessoa e intelectualmente. Conheci novas pessoas, professores com suas realidades de vida inspiradoras. Tudo isso permitiu a ampliação da minha visão de mundo. Concluí a graduação e dei sequência à vida acadêmica cursando o mestrado em Geografia, no qual obtive novos conhecimentos e novas experiências, os quais foram de extrema importância para que eu pudesse chegar até onde cheguei”, reconhece.
A estudante da Ufal já está em São Paulo para fazer a matrícula no doutorado. As aulas começam em março. Lá, vai fazer parte do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PPG-CST), na linha de pesquisa Biogeoquímica Ambiental, e conta que o foco de seus estudos será uma temática atual e necessária: o diagnóstico da qualidade da água, a análise dos impactos socioambientais e dos desastres naturais em bacias hidrográficas do Brasil.
Expectativas
As expectativas de morar em outro estado e estudar em uma das instituições mais respeitadas do país são grandes e só não são maiores do que a saudade que já sente dos pais, seus grandes apoiadores. Por isso, Nayara mira na chance que está conquistando e quer aproveitar o quanto puder.
“Sinto-me profundamente lisonjeada pela oportunidade de fazer parte do corpo discente do Inpe, que se destaca como o instituto mais avançado na área das ciências terrestres, sensoriamento remoto e pesquisas espaciais da América Latina”, ressalta.
Com uma trajetória de estudo trilhada no ramo da produção científica, ela fala com propriedade sobre o que pretende realizar durante seu doutorado.
“Além de obter e produzir conhecimentos, quero dar continuidade na dedicação à pesquisa e ampliar a minha trajetória de vida acadêmica, científica e futuramente profissional, ciente dos grandes desafios durante o percurso dessa caminhada, em relação às disciplinas e à pesquisa, visto que o curso é de excelência da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]. Quero prezar pela qualidade das minhas produções, com vistas ao leque de oportunidades que poderei ter”, detalha.
E para conseguir o que deseja, ela sabe que o esforço e a dedicação pessoal são essenciais. Por isso, pretende seguir com a rotina de estudos estabelecida desde a graduação.
“Contando com o tempo em que estou assistindo às aulas, varia entre 12 e 14 horas. Às vezes, um pouco mais”, conta. E com o apoio da tecnologia, a doutoranda ainda vai seguir com as aulas do bacharelado na Ufal e com as pesquisas Pibic (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), em formato virtual.