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Conheça a Opesp, a primeira orquestra parassinfônica do mundo

Objetivo é proporcionar protagonismo a musicistas PCDs e contribuir para uma sociedade livre de preconceitos
Iniciativa consolida a Opesp como a primeira orquestra do mundo a ser protagonizada por pessoas com deficiência (fotos: Natália César)

O Brasil tem a primeira orquestra parassinfônica do mundo. Trata-se da Opesp – Orquestra Parassinfônica de São Paulo. Criada em dezembro de 2022 pelo produtor cultural Igor Cayres, tem como objetivo proporcionar protagonismo a musicistas com deficiência e, assim, a partir da música, contribuir para uma sociedade livre de preconceitos e estigmas.

A iniciativa, que conta músicos da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, consolida a Opesp como a primeira orquestra do mundo a ser protagonizada por pessoas com deficiência (PCDs).

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“O ano de 2023 consolida e expande o alcance do projeto. A temporada mais longa aumenta a visibilidade e traz mais reflexão sobre o assunto da inclusão”, diz Marcelo Jaffé, professor de viola da Orquestra e docente da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP.

Até setembro deste ano, a Opesp se apresentou em diversas regiões de São Paulo e também no Rio de Janeiro, em uma temporada de concertos.

Jaffé afirma que participava de aulas semanais com discussões profissionais e sociais que visavam fazer os musicistas compreenderem seu papel na sociedade. Para o docente, ser parte da Opesp é motivo de muito orgulho e aprendizado.

Orquestra conta músicos da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP

Aída Machado, coordenadora pedagógica da Opesp e mestre em Música pela ECA, afirma que é um privilégio acompanhar o crescimento, em especial, das pessoas com deficiência que, independentemente de suas dificuldades, avançam em seu estudo e dedicação enquanto músicos.

“Como pianista e professora de música, é um privilégio e uma honra fazer parte do Projeto Opesp, acrescentando aquilo que, em minha jornada musical, é uma das mais importantes missões com a música — o humano”, relata.

“Com as pessoas sem deficiência acompanho a interação, a perda dos preconceitos e um movimento de transformação na forma de enxergar e conviver com o outro no exercício da empatia”, afirma Aída.

A coordenadora relata, ainda, que orquestras em geral não recebem pessoas com deficiência, uma vez que o acesso delas ao estudo de música é raro e são poucos os profissionais especializados disponíveis para atender a demanda de PCDs.

“A Opesp vem preencher uma lacuna e comprova a importância de ser dada a oportunidade a que tantos talentos possam florescer. Desejamos que a Opesp seja um passo para que pessoas com deficiência que escolheram a música como linguagem possam crescer e trilhar seu caminho em direção a tudo o que desejarem fazer com música”, explica a musicista.

Os preparativos para 2024 já foram iniciados. A Opesp pretende abrir novas vagas, continuando com o protagonismo de pessoas com deficiência.

Com Jornal da USP

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