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40 anos de Axé Music: confira 5 discos que contam a história do movimento

Editor do Alagoas Notícia Boa, jornalista Severino Carvalho escolheu 5 LPs da coleção dele para falar sobre o gênero
Discos fazem parte da coleção do editor do site ALNB (foto e vídeo: Severino Carvalho)

O Axé Music completa 40 anos no Carnaval de 2025. O jornalista Severino Carvalho, editor do site Alagoas Notícia Boa (ALNB), escolheu cinco discos de vinil, da coleção dele, que ajudam a contar um pouco a história do movimento musical que mistura o samba-reggae, o frevo e outros ritmos brasileiros e africanos.

“É claro que existem outros discos, a exemplo do Canto da Cidade (1992) de Daniela Mercury, que infelizmente ainda não faz parte de minha coleção, mas esses cinco LPs são muito significativos para o Axé Music, ajudam a contar um pouco a história desse movimento musical que ganhou o Brasil e também ressoou aqui em Alagoas”, disse o jornalista, colecionador de discos de vinil.

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Disco 5: Banda Beijo

Com o cantor Netinho ainda no vocal, o disco Beijo foi lançado em 1992. Trazia o selo Axé Music estampado na capa, assumindo de uma vez por todas o termo criado pelo jornalista Hagamenon Brito. Ele usou a expressão, inicialmente, de forma pejorativa para criticar os artistas da época.

O disco traz hits como Barracos, A Vida é Festa, Aconteceu, Estrela Primeira e Sandra, de Gilberto Gil. Vale lembrar: Netinho, inclusive, já puxou o Bloco Caveira, em edições do Maceió Fest.

Disco 4: Banda Reflexus

Gravado nos estúdios WR em 1987, o disco Reflexus da Mãe África foi o primeiro da banda baiana, uma das pioneiras do samba-reggae.

Na voz potente de Marinez de Jesus e também dos vocalistas Julinho Cavalcanti e Marquinhos, a banda fez sucesso com os hits Canto para o Senegal, Alfabeto do Negão e Madagascar Olodum.

Disco 3: Banda Mel

Força Interior foi o disco de lançamento da Banda Mel, em 1987. Assim como a Reflexus, a Banda Mel “bebia na fonte” dos blocos afros, a partir de compositores como Luciano Gomes, Betão e Boock Jones.

É responsável por levar a música cantada no chão para cima do trio elétrico. Os sucessos faziam o povo balançar, mas também refletir. Temas sociais, étnicos e de saúde pública integravam o repertório engajado da banda, que “estourou” com sucessos como Faraó Divindade do Egito, África do Sul e Ladeira do Pelô.

Disco 2: Sarajane

Junto com Carlinhos Brown, Sarajane subia o Pelourinho e frequentava as regiões periféricas de Salvador para estudar a produção musical e o “jeito debochado” de ser (falar e dançar) dos habitantes dos “guetos” da capital baiana.

O disco História do Brasil, lançado em 1987, traz o sucesso “A Roda” e composições como Vale, de Carlinhos Brown e Paulinho Camafeu; e o reggae Rastafary, de Édson Gomes. Sarajane caiu nas graças de Chacrinha, abrindo as portas da televisão brasileira para a popularização do Axé Music.

Disco 1: Luiz Caldas

Magia é o marco do Axé Music. O disco é de Luiz Caldas, considerado o pai do movimento musical. Lançado em 1985, apresenta os hits Magia e Fricote, canção responsável pelo surgimento do Axé.

O disco foi produzido por Wesley Rangel, fundador do estúdio WR, espaço de gravação e de criação, decisivo para o crescimento e consolidação do Axé Music como movimento musical, que agora celebra 40 anos.