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Zico: “É uma ala esquerda maravilhosa que tá lá no céu, Dida e Zagallo”

Galinho desembarca em Maceió para palestra e lançamento de livro nesta terça-feira (16), no Parque Shopping
Zico: "Deve ser um orgulho muito grande pra quem é daqui de Alagoas ter dois nomes importantes na história do futebol brasileiro" (foto: Severino Carvalho)

“É uma ala esquerda maravilhosa que tá lá no céu: Dida e Zagallo”. A deferência aos dois saudosos futebolistas alagoanos é de Arthur Antunes Coimbra, o “Zico”, considerado o maior ídolo da história do Flamengo e um dos mais habilidosos jogadores que já vestiram a camisa 10 da Seleção Brasileira.

Zico desembarcou no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares nesta terça-feira (16) para ministrar a palestra “O Papel do Líder: Desafios e Oportunidades”, que acontece no Espaço Multicultural do Parque Shopping, piso L3, a partir das 20 horas.

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É a primeira vez que Zico retorna a Alagoas após a morte do Velho Lobo Zagallo, ocorrida no dia 5 de janeiro deste ano, aos 92 anos de idade.

Em Maceió, ele também participa do lançamento nacional do e-book biográfico de seu ídolo: Dida – A incrível história do alagoano, artilheiro do Maracanã na era do ouro do futebol arte e campeão do Mundo em 1958, e quase barrou Pelé, do jornalista e escritor alagoano Mário Lima.

“Grande ídolo, não só meu mas da torcida do Flamengo e da minha família. Meus pais diziam que depois de pai e mãe, a primeira palavra que eu falei foi Dida”, revelou Zico.

Sobre Zagallo, o “Galinho de Quintino” lembrou da trajetória vitoriosa do Velho Lobo, único a ganhar a Copa do Mundo de Futebol em três diferentes funções: jogador, treinador e coordenador técnico.

“Foi um dos grandes nomes da história do futebol brasileiro, campeoníssimo! Trabalhei com ele como jogador e depois como coordenador técnico da Seleção. É um nome que fica para a história, então é uma ala esquerda maravilhosa que tá lá no céu: Dida e Zagallo, que inclusive jogaram juntos no Flamengo”, recordou Zico.

“Deve ser um orgulho muito grande pra quem é daqui de Alagoas ter dois nomes importantes na história do futebol brasileiro”, completou.

Recepção

Logo no desembarque, Zico foi recebido por Roberto Maia, pai do jogador alagoano Arthur Maia, que morreu no trágico acidente aéreo envolvendo a delegação da Chapecoense em 2016. O meia também teve passagem pelo Flamengo, onde Zico o conheceu pessoalmente.

Roberto batizou o filho com o nome de Arthur em homenagem ao ídolo.

“Na época, pedi para ele agradecer ao pai dele esse carinho. Espero que lá no céu ele possa estar bem, abençoando a família dele”, disse Zico.

Roberto, pai de Arthur Maia, saúda Zico ao desembarcar em Alagoas: “Ele é um exemplo pra mim” (foto: Luciano Carvalho)

Roberto falou da emoção em conhecer o ídolo.

“Pra mim é fantástico, chega estou arrepiado. Ele é um exemplo pra mim. Eu coloquei o nome de Arthur por causa dele. É exemplo de jogador, de homem, de pai, de família, e eu fico muito orgulhoso de estar aqui na presença dele”, confidenciou Roberto.

Os ex-jogadores Peu e Jacozinho também recepcionaram Zico no Aeroporto Zumbi dos Palmares. Torcedores do Flamengo compareceram ao desembarque para saudar e tirar fotos com o maior ídolo da nação rubro-negra.

Seleção e Flamengo

Zico falou ainda sobre o atual momento da Seleção Brasileira de Futebol, que classificou como “difícil” e de “transição”, e do Flamengo.

O rubro-negro terminou o período da Copa América em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, a dois pontos do líder Botafogo, mesmo com os desfalques dos estrangeiros convocados para as suas seleções e das lesões de Bruno Henrique e de Cebolinha.

“O Flamengo ainda teve esse fato de estar jogando jogo em cima de jogo, (com) um número (de jogadores) mais reduzido e isso acabou desgastando mais. Então eu acho que o Flamengo tá aí na disputa, tá lutando pelo título”, finalizou.