O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) lançaram, nesta quarta-feira (25), o Plano Estadual de Educação em Direitos Humanos. O objetivo é disseminar a temática nas grades curriculares de Alagoas.
“É importante disseminar essa cultura, sobretudo na educação básica, para combater preconceitos e ignorâncias como, por exemplo, aquela que liga direitos humanos a ‘bandidos'”, explicou o coordenador de Direitos Humanos do TJAL, Tutmés Airan.
Ainda segundo o desembargador, quando se ensina a lógica dos direitos humanos, ensina-se civilidade.
“Você aprende a respeitar o outro, a conviver melhor com o outro. A ideia é fazer com que os direitos humanos sejam uma cultura transversal nas grades curriculares de modo a disseminar a paz e a civilidade entre as pessoas”, reforçou Tutmés.
O TJAL contribuiu com a criação do Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos, que vai ficar encarregado de propor ações e acompanhar o cumprimento do plano. Os 24 membros do comitê (titulares e suplentes) tomaram posse durante a solenidade de lançamento, no Pleno do Tribunal.
“A ideia do comitê nasceu do TJ. Articulamos isso e levamos a proposta para a Secretaria de Educação, que entendeu a importância e adotou com entusiasmo a ideia”, contou o desembargador.
O comitê é formado por integrantes de diferentes instituições como TJAL, Seduc, Secretaria da Mulher, Secretaria da Cultura, Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Ordem dos Advogados (OAB/AL), entre outras.
O plano traz ações para a educação básica, superior e não-formal. Trata ainda da educação dos profissionais que atuam no sistema de segurança. As ações podem ser conferidas aqui.
Integração
Para o titular da Seduc, Marcius Beltrão, a integração de diversos setores da sociedade é importante para a concretização do projeto.
“O nosso objetivo é trabalhar de forma conjunta com todas as instituições para garantir e defender todos os direitos da população de Alagoas”.
A supervisora das Diversidades Fátima Rebelo, da Superintendência de Políticas Educacionais, explicou que o plano foi pensado visando à construção de escolas mais humanas e igualitárias. As discussões tiveram início em 2015.
“Fizemos a composição do plano de forma coletiva. Ele é estruturado e baseado no Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos. A perspectiva é realmente levar esse olhar da igualdade, da diversidade e da inclusão”.