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Tecnologia que inclui: Projeto TATU torna o turismo acessível em Alagoas

Com audiodescrição e Libras, APP garante autonomia a pessoas com deficiência visual e auditiva em museus e pontos turísticos
Aplicativo desenvolvido pela Ufal foi lançado e já está disponível para as plataformas Android e iOS (foto: Severino Carvalho)

Uma iniciativa pautada no turismo acessível. Esse é o propósito do Projeto TATU, que busca promover a inclusão e o acesso de pessoas com deficiência (PcD) visual e auditiva à atividade turística em Alagoas. A ferramenta funciona por meio da exibição de informações em audiodescrição e em Libras, com o auxílio de dispositivos Bluetooth.

O aplicativo (APP) de tecnologia assistiva voltada ao turismo foi lançado no Centro de Inovação, no bairro de Jaraguá, em Maceió, durante evento realizado no dia 22 maio. E já está disponível gratuitamente nas lojas virtuais para Android e iOS.

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Coordenador do Projeto TATU, o professor do Instituto de Computação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Fábio Coutinho, revela que a ideia de criar o APP partiu da ação de um grupo de pesquisadores da instituição de ensino superior.

Eles desenvolveram uma proposta de projeto para o Turismo Acessível em Alagoas, em resposta a uma chamada pública da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), na temática da Tecnologia Assistiva.

Além do Instituto de Computação (IC/UFAL), participam da iniciativa integrantes da Faculdade de Letras (FALE/UFAL) e do Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente (IGDEMA).

O TATU apresenta duas opções de perfis acessíveis ao usuário: pessoas com deficiência visual e para aquelas com deficiência auditiva.

Veja vídeo abaixo:

“O Projeto TATU (Tecnologia Assistiva no Turismo) tem como objetivo promover a inclusão de pessoas com deficiência visual e auditiva em museus e atrações turísticas, através do desenvolvimento de um aplicativo móvel para auxiliar a interação de pessoas com deficiência, disponibilizando visita guiada e conteúdo acessível, através de audiodescrições, audioguias e vídeos em Libras”, explica o professor.

“Em espaços fechados, como museus, utilizamos dispositivos chamados de ‘Beacons’ que enviam sinais para o celular do visitante cego, detectando sua proximidade com uma obra do museu, disponibilizando a audiodescrição desta obra. De forma similar, o visitante surdo recebe vídeos em Libras com informações da obra”, acrescenta.

O professor revela que a iniciativa já vem sendo desenvolvida há alguns anos e que agora está na segunda fase do projeto.

“Nessa segunda fase, a gente está levando o aplicativo para novos museus de Maceió. A gente está com o aplicativo já funcionando no Museu de História Natural. Além disso, o aplicativo vai funcionar também no Museu dos Esportes, Memorial Rainha Marta, na Casa Jorge de Lima, no Museu da Justiça. O planejamento é no próximo mês (junho) a gente finalizar o projeto”, conta.

Abaixo, confira vídeo sobre o apoio da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) ao projeto e o lançamento do aplicativo.

Autonomia 

Fábio Coutinho avalia que diante das dificuldades estruturais, a tecnologia pode auxiliar, permitindo que os visitantes com deficiência possuam autonomia durante a visitação.

“Ainda temos uma situação crítica quando avaliamos a acessibilidade. Grande parte dos museus da cidade não dispõe de piso tátil e informações em Braille, por exemplo. O projeto busca atenuar esta situação através dos recursos tecnológicos”, conclui o professor.

Para saber mais sobre o Projeto TATU e baixar o aplicativo, CLIQUE AQUI.

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