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Seminário sobre Própolis Vermelha vai debater avanços e perspectivas

Encontro será realizado na terça (10) pela Ufal, que se dispôs a auxiliar em ações de reconhecimento e comercialização
Representantes da Uniprópolis se reuniram com o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, e com membros da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (foto: Ascom Ufal)

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) promove, nesta terça-feira (10), o seminário “Própolis Vermelha de Alagoas: avanços e perspectivas”. O encontro será realizado em parceria com o Sebrae, a União dos Produtores de Própolis Vermelha do Estado de Alagoas (Uniprópolis), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Universidade de São Paulo (USP).

A atividade acontecerá no Sebrae Alagoas, a partir das 8 horas, e contará com a participação dos pesquisadores da USP: Severino de Alencar, Simone de Lira e Alan Sartori.

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Ainda na terça-feira (10), membros da Uniprópolis e pesquisadores da Ufal e da USP participarão de uma audiência com o governador de Alagoas, Paulo Dantas, para apresentar pesquisas e discutir eventuais ações para fomentar a produção.

Na semana que passou, representantes da Uniprópolis se reuniram com o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, e com membros da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propep) para discutir possíveis parcerias com a instituição no âmbito da pesquisa e da comercialização do produto.

Estratégias

Na ocasião, foi debatida a importância da implementação de estratégias para alavancar a produção e as vendas da própolis e produtos derivados. Para o reitor, a Universidade pode auxiliar em ações de reconhecimento e comercialização, além de promover cursos e programas de divulgação para alavancar as vendas.

Tonholo propôs a elaboração de um projeto macro que englobe tanto o monitoramento de falsas indicações geográficas (uso indevido do selo de denominação de origem de Própolis dos Manguezais de Alagoas), como o impulsionamento do turismo científico e ecológico como forma de abrir portas para o financiamento.

“É inegável a importância da própolis como um produto genuinamente alagoano, que traz impactos sociais, econômicos e científicos, que pode de ser comprovado pelo quantitativo de pesquisas que produzimos sobre a temática na nossa Universidade. Por isso, precisamos investir em estratégias de divulgação e de adensamento da cadeia produtiva”, defendeu o reitor.

Patentes

Participaram da reunião o professor Ticiano Gomes, do Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF); Silvia Uchôa, Berenice Pimentel, Rodrigo Carvalho, Carolina Conde, da Propep; além de César Lima, Diogo dos Anjos, Mário Agra e Mário Calheiros, representando a Uniprópolis.

“É uma sorte encontrar em Alagoas um produto com tamanho diferencial. A Ufal teve a sua importância no desenvolvimento de pesquisas que comprovaram a eficácia e as diversas aplicações da própolis. Entretanto, nosso maior problema, agora, se configura na esfera mercadológica. Temos mais de 200 produtores e a expectativa pelo escoamento do produto foi gerada, entretanto, faltam investimentos nesse sentido”, avaliou Mário Calheiros.

De acordo com Rodrigo Carvalho, do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), vinculado à Propep, a Ufal é responsável por 52% do total de patentes sobre própolis vermelha depositadas no Brasil e por 12% dos depósitos internacionais na Organização Mundial da Propriedade Intelectual [Wipo – World Intellectual Property Organization].

Pesquisadores da Universidade, como Ticiano Gomes, têm se debruçado sobre as mais diversas aplicações do produto, como o uso tópico em lesões causadas pela leishmaniose ou em materiais dentários.

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