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Resgatados, papagaios-chauá serão devolvidos à natureza em Alagoas

Ação de reintrodução faz parte do Plano de Ação Estadual para Conservação da Espécie em Alagoas
Resgatados do tráfico de animais, papagaios estavam sob os cuidados da Fundação Lymington, em São Paulo (foto: Ascom Ima)

Alagoas recebeu sete papagaios-chauá (amazona rhodocorytha), resgatados do tráfico de animais. Eles passarão por um período de quarentena no Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA) até que estejam aptos para serem reintroduzidos na natureza.

De acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, a espécie encontra-se na categoria vulnerável, ou seja, enfrenta um risco elevado de extinção na natureza em um futuro próximo, caso as circunstâncias que ameaçam a sua sobrevivência e reprodução não melhorem.

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A ação de reintrodução da espécie faz parte do Plano de Ação Estadual para Conservação do Papagaio-chauá, coordenado pelo Ministério Público de Alagoas e IPMA. A iniciativa conta com a parceria do IMA, Batalhão de Polícia Ambiental (BPA-AL), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), dentre outras instituições.

Os papagaios estavam sob os cuidados da Fundação Lymington, em São Paulo. Após serem recebidos na segunda-feira (22), os animais passarão por um período de quarentena na Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Mata da Sálvia, até que estejam aptos para serem soltos na natureza.

Em 2022, o estado recebeu 60 animais da espécie, alguns já foram soltos no habitat, enquanto os demais ainda passam pelo processo de readaptação.

O mesmo ocorrerá com os sete recém-chegados. De acordo com Rafael Cordeiro, médico veterinário e consultor ambiental do IMA, existem diversas etapas para que aves estejam aptas para a soltura.

“O período de reabilitação, o manejo correto, a pouca proximidade com o ser humano, são medidas necessárias, já que muitos deles estão habituados à presença humana devido à interdependência, considerando a disponibilidade de alimentação e água. Além disso, há a questão do voo, pois muitos animais estavam em cativeiro e precisam de um recondicionamento muscular e reaprender a voar para terem um melhor condicionamento. Bem como, precisam aprender a identificar alimentos na natureza, o que é dificultado uma vez que muitos estavam em cativeiro”, explica Cordeiro.

Presidente do IPMA, Fernando Pinto destaca a importância do Plano de Ação Estadual.

“O papagaio-chauá é o papagaio mais raro do Brasil, e com apenas 3% de Mata Atlântica, estamos transformando o restante de mata graças ao apoio na criação de reservas particulares. Sem dúvida, é um sucesso e um modelo, demonstrando a importância que essas instituições estão atribuindo a este projeto”, afirma.