A renda média do alagoano subiu 23,13% nos últimos oito anos, aponta levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado pela Secretaria da Fazenda de Alagoas (Sefaz).
De 2015 para 2023, a renda média do residente no Estado de Alagoas foi de R$ 901,00 para R$ 1.110,00, um aumento real de 23,13% e o sétimo maior crescimento no País.
Agronegócio e rendimento
Os estados à frente de Alagoas, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará, Mato Grosso, Goiás e Maranhão, têm o agronegócio como principal propulsor da economia.
O fato agro favorece a estatística, mas não necessariamente indica o potencial ganho de famílias situadas em camadas sociais mais vulneráveis.
A Secretaria de Fazenda de Alagoas fez a atualização dos valores de 2015 pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para demonstrar o ganho real da renda.
Diversificação econômica
No caso de Alagoas, a receita do crescimento está associada à instalação de indústrias e diversificação da economia, explica a secretária da Fazenda Renata dos Santos.
“Alagoas diversificou sua economia, com a instalação de indústrias no Estado, com a implantação de polos logísticos e o aumento do turismo, que tem uma cadeia produtiva ampla”, diz.
Os programas de distribuição de renda, reforçou a secretária, também trouxeram resultados para crescimento consistente do ganho familiar per capita de Alagoas.
Acima da média nacional
O crescimento registrado por Alagoas entre 2015 e 2023 ficou muito acima da média nacional, de 12,83% – ou seja, 10,3 p.p. abaixo do registrado em Alagoas.
“O mais importante é que os alagoanos não tiveram perda do poder de compra, mas, sim, um aumento. Isso é bastante significativo, pois mostra que nossa economia está mais forte”, comenta Renata.
Os números mostram ainda que Alagoas, por exemplo, passou a ter uma renda per capita apenas R$ 3,00 menor do que o vizinho Pernambuco, que é de R$ 1.113,00.
No entanto, no período analisado (2015-2023), a renda dos pernambucanos teve uma queda de 10,51%.