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Projeto vai mapear áreas de preservação de patrimônio arqueológico em Alagoas

Iniciativa é da Equatorial, em parceria com a Ufal, UFPI e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Projeto é desenvolvido a partir dos avanços tecnológicos, de pesquisas arqueológicas e uma robusta base de dados geoambientais (fotos: Ascom Equatorial)

A Equatorial Alagoas, em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desenvolveu um projeto que visa mapear áreas de preservação de patrimônio arqueológico em Alagoas. A iniciativa foi apresentada na segunda-feira (2) durante Workshop.

O encontro, que aconteceu no auditório Vera Rocha, localizado no Campus A.C. Simões da Ufal, reuniu estudantes, pesquisadores e historiadores envolvidos na temática. O projeto busca contribuir com o estudo e identificação de áreas com maior potencial de impacto ao patrimônio arqueológico do estado.

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Desenvolvido a partir dos avanços tecnológicos, de pesquisas arqueológicas e uma robusta base de dados geoambientais, que inclui informações sobre relevo, solos e redes hidrográficas, o projeto intitulado como “Modelo Digital de Impacto ao Patrimônio Arqueológico de Alagoas (MDIA)”, integra o Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Distribuidora, chancelado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e conta com o um investimento de cerca de R$ 1,2 milhão.

O coordenador do projeto, professor Kleython Monteiro, que faz parte do Instituto de Geografia e Meio Ambiente (Igdema), explica que o MDIA é composto por um conjunto de ferramentas digitais espaciais, que têm como propósito calcular as probabilidades de ocorrências arqueológicas em áreas ainda não pesquisadas, utilizando o conhecimento atual.

“Todo esse levantamento é fundamental considerando que durante o planejamento de projetos, muitas vezes surgem conflitos devido ao fato de que uma parte do patrimônio arqueológico está enterrada no solo, em ambientes de pouca visibilidade, o que pode representar um risco durante o processo de licenciamento ambiental para execução de obras por parte de diversos segmentos”, exemplificou o coordenador.

Parceria 

Na oportunidade, Kleython também agradeceu a parceria da Distribuidora destacando o papel fundamental do setor privado na contribuição e incentivo à pesquisa por meio de investimentos voltados para estudos que trarão benefícios para diversas áreas, contribuindo com a preservação do patrimônio cultural de Alagoas.

“Este projeto vem para nos trazer uma base que irá contribuir com a elaboração de ações de infraestrutura não apenas ligados à Distribuidora de energia, no planejamento de obras para ampliação da rede elétrica, mas qualquer outro setor que necessite realizar algum empreendimento no território alagoano. E graças a essa parceria com a Equatorial Alagoas, com o auxílio do recurso que nos foi concedido, estamos evoluindo com o projeto que sem dúvidas trará bons frutos”, ressaltou o coordenador.

O Workshop também foi marcado pela visita ao laboratório de estudos e de acordo com o levantamento de dados já realizados pela equipe de pesquisa, cerca de 600 sítios arqueológicos já foram mapeados em Alagoas e a previsão de conclusão do projeto será de seis meses, onde será disponibilizado um canal para realização de consultas e acesso a todos os dados.

Encontro aconteceu no auditório Vera Rocha, localizado no Campus A.C. Simões da Ufal, reuniu estudantes, pesquisadores e historiadores

“Essa é mais uma parceria que estamos realizando com a Universidade Federal de Alagoas que só reforça o compromisso da Equatorial Alagoas, que além de levar energia elétrica até os alagoanos, também se preocupa com a preservação do patrimônio arqueológico e ações eficientes que fazem a diferença”, destacou a Executiva de Regularidade Ambiental, do Grupo Equatorial, Jacqueline Clemencio.

Os estudos para o desenvolvimento do Modelo Digital contam com a participação de mais de dez estudantes do curso de Geografia, dois do curso de História e três pós-graduados em Geografia, além de colaboradores. A Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) também é parceira da pesquisa.