O projeto Livros que Libertam recebeu mais de 5 mil obras doadas pelo Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), da Polícia Militar de Alagoas (PMAL). O material foi arrecadado pelos alunos e fez parte da campanha que busca utilizar a leitura como ferramenta de reintegração das pessoas privadas de liberdade, com a implantação de bibliotecas em unidades do Sistema Prisional.
O Livros que Libertam atende a Resolução 391/21 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que incentiva o Poder Judiciário a reconhecer o direito à remição de pena por meio de práticas sociais educativas.
Em Alagoas, o bom desempenho do projeto e seu método adotado ganhou notoriedade, o que o fez concorrer ao Prêmio Innovare. Esta iniciativa destaca práticas do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e de advogados que contribuem para melhorias do Sistema Judicial Brasileiro.
O coronel Paulo Amorim elencou os benefícios que esse projeto pode provocar na vida dos atuais presos de nosso sistema carcerário.
“A leitura e o conhecimento são essenciais para a formação de homens e mulheres. O detento que tem a oportunidade de ler aumenta suas possibilidades de êxito em seu retorno à inclusão social, com maiores chances de ser absorvido pelo mercado profissional, além de poder adentrar em algum curso superior ou profissionalizante”, explicou o comandante-geral.
Já o desembargador Celyrio Adamastor relatou a importância de ler para a formação do ser humano.
“Um homem que não lê é um eterno analfabeto moral, pois a leitura nos dá prazer e nos dá conhecimento. Esses cinco mil livros farão parte da biblioteca da ressocialização para que os detentos retornem a sociedade com uma visão completamente diferente da que entrou”, disse o desembargador.
A entrega aconteceu segunda-feira (28) na sede do CFAP, no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió, e contou com a presença do comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim; dentre outras autoridades.
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