Maceió, AL

30°C
Clear sky

Pindorama confirma viabilidade do plantio de arroz de sequeiro

Cooperativa Pindorama projeta plantar 1 mil hectares do grão, em 2025, em áreas de renovação de cana-de-açúcar
Máquina coleta arroz em terra da Cooperativa Pindorama, em Igreja Nova, Alagoas

O Dia de Campo para colheita de plantio experimental de arroz de sequeiro, em Penedo, trouxe novidade: a Cooperativa Pindorama projeta plantar 1 mil hectares do grão, em 2025, em áreas de renovação de cana-de-açúcar.

A colheita foi num lote de 7 hectares da aldeia Planalto e, de acordo com Cleide Alves, da unidade de beneficiamento de grãos da Pindorama, mostrou aos associados a expectativa de produção por hectare.

PUBLICIDADE


O resultado da colheita na área de experimentação foi de cerca de 30 toneladas do grão, segundo informações repassadas pela assessoria da Cooperativa Pindorama, cuja sede fica em Coruripe.

Produção na entressafra

Para a especialista, a principal vantagem do cultivo do arroz de sequeiro é suprir a lacuna de produção da entressafra do arroz de áreas alagadas, o que ocorre, anualmente, entre os meses de abril e agosto.

“Com a unidade de beneficiamento, precisamos de matéria-prima. E, nessa janela da entressafra da cana, muitas áreas de renovação ficavam paradas durante 4 meses. Então, pensou-se no arroz como alternativa”, esclareceu.

O presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio santos, comemorou a colheita em terras da Pindorama e disse que o projeto agrega valor ao vasto leque de produtos e cultivares da cooperativa e de seus associados.

“Esse é um projeto que tem tudo para trazer uma agregação de valor, fomentando a viabilidade econômica do produtor rural, porque ele vai ter mais uma cultura, vai estar gerando renda no seu lote”, ressaltou Klécio.

Alternativa à rotação canavial

Já o vice-presidente da empresa, Carlão, destacou a ampliação de renda dos associados como ponto primordial na utilização do arroz de sequeiro como cultura alternativa à rotação dos canaviais.

A gente já tem a indústria, que é o fechamento da cadeia, para fazer a manufatura, lá em Igreja Nova, e colocar no mercado”, disse Carlão, referindo-se à Unidade de Beneficiamento de Grãos da Pindorama, em Igreja Nova.

Segundo o diretor-secretário da Pindorama, Antônio de Oliveira, a utilização de novas culturas numa área de renovação de canavial é uma prática bastante utilizada por canavieiros de todo o país.

“Além da rotação de cultura, é uma nova oportunidade para este momento em que a terra vai estar desocupada, quando a cana tem o seu tempo que tem que se renovar”, ressaltou Oliveira.