O Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas deve encerrar 2022 com crescimento de 4,8%. Se confirmada, a alta será a segunda maior entre os nove estados da região Nordeste, superando a previsão de 2,6% para o PIB do Brasil no ano. O destaque vai para o bom desempenho do setor agropecuário.
As estimativas fazem parte de um estudo especial do Departamento Econômico do Santander sobre economia regional. Realizado anualmente, o levantamento apresenta projeções do banco por estados e regiões do País para o horizonte de 2020 a 2023. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2019.
Nos cálculos de Gabriel Couto, economista do Santander e autor do estudo, o setor agropecuário alagoano deixou recuo de 1,2% em 2021 e terá expansão de 4,6% no ano atual. Considerando o ranking de previsões do banco para todos os estados brasileiros, esse crescimento ficaria apenas abaixo do setor agro no Mato Grosso (4,7%).
“O crescimento previsto para o PIB agro do Alagoas dá a dimensão da importância dessa cultura para a economia regional. Diferentemente das demais unidades federativas do Nordeste, o segmento agropecuário tem peso maior na economia alagoana do que a indústria (17% contra 12,1%)”, explica Couto, apontando que o setor agro representa, em média, 6,5% da economia da região Nordeste.
O setor de serviços reforça a expectativa de alta para o PIB alagoano este ano, com crescimento previsto de 5,4% no período, patamar somente abaixo do esperado para o Piauí (5,8%) no Nordeste. Na média nacional e da região, o PIB de serviços deve avançar 3,3% e 2% em 2022, respectivamente. O setor terciário responde por 70,1% da economia de Alagoas.
Por fim, o PIB da indústria alagoana deve desacelerar este ano, com crescimento previsto pelo Santander em 0,4%, após 4,2% em 2021. Ainda assim, o setor deve ter desempenho melhor do que a indústria nordestina como um todo, que vai recuar 0,3% em 2022, destaca Couto.