As aulas do Núcleo de Orquestras Jovens de Maragogi já têm data para começar: terça-feira, 29 de novembro. Serão realizados ensaios coletivos, de naipes e apresentações. A informação é da Equatorial Alagoas, responsável pelo projeto, promovido por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
A iniciativa tem como principal objetivo utilizar a música como ferramenta de transformação e resgate cultural, bem como promover possibilidades de profissionalização. São 60 jovens selecionados, todos matriculados em escolas públicas do município.
O projeto também recebe apoio da Prefeitura de Maragogi, Rede Brisa de Hotéis e Resort Salinas All Inclusive Resort.
Com um sorriso largo no rosto e a alegria típica de uma criança de 11 anos, Giovanna Pagano quase não pisca. Ela foi selecionada para participar do Núcleo de Orquestras Jovens de Maragogi.
“Vou me esforçar bastante e quero aprender de tudo um pouco. Acho que vai ser bem legal!”, diz a pequena Giovanna, que nasceu em Maceió, mas mora em Maragogi desde os 8 anos de idade. A estudante já integra o coral de libras da escola. Por isso, a paixão pela música começou cedo.
Giovanna foi informada pela diretora da Escola Municipal Dr. José Jorge de Farias Sales sobre a criação da Orquestra e não pensou duas vezes em se inscrever.
“Fiquei muito feliz quando soube que havia sido selecionada. Ouvir música para mim é inspirador, fico mais feliz e alegre!”, resume ela que sonha em ser psicóloga ou veterinária no futuro.
O Núcleo de Orquestras Jovens de Maragogi vai promover aulas com instrumentos como violino, violoncelo, saxofone e flauta doce. Por isso, a pequena já se imagina tocando no palco e expressando a sua arte.
“Acho que vai ser bem legal. Espero poder apresentar aos meus pais o que aprendi”, fala.
Extraclasse
O Capitão Ronaldo Beco, diretor da instituição, afirma que formar músicos nessa faixa etária dentro de uma escola cívico militar é um projeto grandioso e necessário. Além dela, o projeto também selecionou alunos de outras duas unidades de ensino do município: Manoel Medeiros Costa e Dr. Edvaldo de Melo Sena.
“Havia realmente uma ausência de atividade extraclasse. Existe uma expectativa geral dos alunos e também do corpo docente para que esse projeto oportunize o gosto pela música e o resgate pela arte, pela alta cultura e que apresente algo diversificado mesmo sendo popular, mas que também remeta há algo mais erudito, mais clássico, como é a Orquestra”.
“Foi uma sacada muito boa da Equatorial do ponto de vista do impacto social e ambiental que é implementar um projeto como esse aqui na nossa região, pois havia essa lacuna de artes e de música de boa qualidade. A nossa expectativa é de que um projeto como esse vá ainda muito longe!”, complementa.
Núcleo de Orquestras
A Orquestra de Maragogi recebe coordenação técnica da Associação Viva Música, que tem na regência o maestro Bruno Barreto, mestre em Música, Cultura e Sociedade pela Universidade Federal de Goiás.
O professor destaca o ineditismo do projeto em Alagoas e também reforça a importância da música como uma ferramenta pedagógica de alto valor.
“Queremos contribuir para o desenvolvimento cognitivo e emocional do aluno, gerando impactos positivos e importantes no seu crescimento e desenvolvimento. Além disso, vamos fazer com que os jovens conheçam a própria cultura, utilizando repertórios nacionais e locais”, explica o educador, que iniciou sua carreira aos 14 anos, como saxofonista.
O presidente da Equatorial Alagoas, Humberto Soares, por sua vez, afirma que o papel da Distribuidora vai muito além de levar energia de qualidade para os alagoanos.
“Temos buscado contribuir com iniciativas que valorizem a população local e suas tradições. Por isso, acreditamos que esse projeto vai transformar a vida das pessoas, contribuindo diretamente para o desenvolvimento dos jovens maragogienses”, diz.
A Equatorial informa que o Núcleo de Orquestras Jovens de Maragogi está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma agenda mundial estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a construção e implementação de políticas públicas que visam guiar a humanidade até 2030, mais especificamente ao de número 4 (Educação de Qualidade) e número 10 (Redução das Desigualdades).