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MS habilita Hospital do Coração Alagoano para realizar transplantes de coração e rins

Unidade passa a ser a primeiro da rede pública estadual a realizar os procedimentos cirúrgicos de alta complexidade
Inaugurado em setembro de 2022, o Hospital do Coração Alagoano Professor Adib Jatene possui 52 leitos (foto: Sesau)

O Hospital do Coração Alagoano Professor Adib Jatene, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), foi habilitado para realizar transplante de coração e de rim pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A portaria do Ministério da Saúde (MS) foi publicada no Diário da União dessa terça-feira (29) e, com isso, a unidade passa a ser a primeira da rede pública estadual a realizar os dois procedimentos.

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O processo de certificação junto ao Ministério teve início em maio de 2023, com o transplante de coração, seguido da habilitação para o transplante de rim.

A coordenadora da Central de Transplante de Alagoas, Daniella Ramos, explicou que, até o momento, o estado só possuía equipes autorizadas a realizar transplantes em hospitais privados filantrópicos. Com a habilitação do Hospital do Coração, o Estado passa a ter mais autonomia.

“É um marco muito importante, porque nunca tivemos equipes realizando essas modalidades de transplantes na rede pública. Agora temos como atender mais alagoanos, contando com novos e modernos equipamentos e com profissionais competentes trabalhando. Estamos ampliando a oportunidade de o paciente inscrito em lista de espera poder realizar o transplante e, com isso, melhorar e até salvar a sua vida”, ressaltou Daniella Ramos.

Alta complexidade

O diretor do hospital do Coração Alagoano, Otoni Veríssimo, destacou que a unidade é de alta complexidade especializada e a habilitação para transplante de órgãos, por meio do Ministério da Saúde, reforça a excelência do hospital para a população.

“As unidades habilitadas são, reconhecidamente, de excelência pelo Ministério da Saúde. Então, isso coloca nosso hospital como o primeiro público de Alagoas a realizar transplante de órgãos. Um passo enorme para a população e que nos deixa muito honrados, porque iremos realizar uma série de procedimentos, salvar vidas, recompor famílias e contribuir para a saúde alagoana”, falou.

Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, Alagoas vive um marco histórico em ter o primeiro hospital 100% SUS habilitado a realizar transplantes de rim e de coração.

“Esta é uma importante conquista, que demonstra o esforço de toda equipe da saúde de Alagoas em ofertar mais serviços à população, evitando o deslocamento para outros estados. Nosso objetivo é aprimorar ainda mais as iniciativas de saúde, e esta habilitação só reforça o trabalho de excelência que já vem sendo executado pelo Governo de Alagoas”, enfatizou o secretário.

O Hospital

Inaugurado em setembro de 2022, o Hospital do Coração Alagoano Professor Adib Jatene possui 52 leitos, sendo 20 de Enfermaria Adulto, quatro de Enfermaria Pediátrica, dez de Recuperação Pós-Anestésica, quatro de Preparo e Recuperação de Pacientes no setor de radiologia, dez de UTI Adulto e quatro de UTI Pediátrica, destinados exclusivamente ao atendimento de pacientes cardiopatas.

A unidade também conta com dois importantes programas: o de insuficiência cardíaca e o de acompanhamento de pacientes transplantados.

O primeiro garante diagnóstico, além de acompanhamento clínico e terapêutico a pacientes com insuficiência cardíaca. O segundo acompanha pacientes que realizaram transplantes de coração no Estado, com equipe multiprofissional capacitada.

A equipe para transplantes do coração terá a coordenação do cirurgião cardiovascular José Wanderley Neto e será composta pelos cirurgiões cardiovasculares Kleberth Tenorio, Laio Wanderley, José Leitão Neto, Rafaela Cavalcanti e Carlos Humberto.

Também integram a equipe os anestesiologistas Flávio Annicchino e Fellipe Lira; além do cirurgião torácico Rodolfo Mascarenhas.

Já a equipe para transplante de rins possuirá a coordenação da nefrologista Nathalia Pacheco e será composta também pelos nefrologistas Agenor Silva e Francisco Lima Neto, além dos cirurgiões gerais e urologistas Wellington Porciúncula e Rogério Bernardo e os anestesiologistas Flávio Annicchino e Fellipe Lira.