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MASP encomenda novas peças do artesanato alagoano para loja em SP

Espaço oficial do museu comercializa trabalhos feitos por artesãs do estado desde o ano passado
Espaço encomendou um novo lote de peças das artesãs alagoanas, que desde o segundo semestre do ano passado divulgam seus trabalhos por lá

A loja do Museu de Arte de São Paulo (MASP), um dos endereços mais simbólicos da Avenida Paulista, expõe e comercializa produtos de arte e design assinados por artistas de todo o mundo.  Agora, o espaço encomendou um novo lote de peças das artesãs alagoanas, que desde o segundo semestre do ano passado divulgam seus trabalhos por lá.

Para o Sebrae Alagoas, além de ser uma oportunidade única de divulgação em âmbito nacional e internacional da arte que é feita no estado, a ação inédita contribui para valorizar a cultura e o talento dos artesãos locais, promovendo a preservação e o reconhecimento das tradições regionais.

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“A importância das grandes vendas do artesanato alagoano para os maiores museus de São Paulo, como o Museu A Casa e o MASP, é imensurável. O Sebrae foi um elo na articulação de apresentação do nosso artesanato para esses museus, que têm uma grande visibilidade no país e no mundo afora”, avalia Marina Gatto, analista e gestora de Artesanato do Sebrae Alagoas.

“Antes dessa negociação, não existia nenhuma peça do artesanato de Alagoas na loja ou na forma de exposição no museu. Hoje, estão por lá o bordado filé, representando Maceió e por ser Patrimônio Imaterial e Cultural do estado, e peças da Dona Irineia, uma grande mestra na arte popular do Povoado Muquém, em União dos Palmares”, acrescenta, lembrando que o MASP é uma vitrine importante dentro de São Paulo para esses artesãos e para a arte popular alagoana.

Inbordal

A artesã Petrúcia Lopes, vice-presidente do Instituto do Bordado Filé (Inbordal), avalia que o momento é de explorar o espaço na capital paulista para promover a qualidade diferenciada dos produtos artesanais provenientes de Indicações Geográficas (IG), como os da região das Lagoas Mundaú e Manguaba para o bordado filé.

“O produto tem um diferencial indiscutível que é a sua rastreabilidade anexada às peças, localizando o território, valorizando esta região produtora e, com isso, trazendo reconhecimento e geração de renda para a comunidade que trabalha com o bordado filé”, observa.

“As ações de interseção do Sebrae para abertura destes novos mercados, como o MASP e o Museu A CASA do Objeto Brasileiro, foram oportunidades importantíssimas para o nosso segmento”, completa.

Ela conta que o Inbordal vem investindo na produção de coleções e na realização de oficinas de repasse de pontos e de técnicas de conservação, com orientações sobre a correta lavagem das peças e informações sobre a origem dessa técnica ancestral para as filezeiras.

O objetivo é aperfeiçoar a qualidade dos trabalhos executados e as boas práticas do fazer filé em Alagoas.

“Conquistamos também importantes iniciativas de reconhecimento, como o Prêmio Sebrae TOP 100 do Artesanato Brasileiro. Nesta quinta edição, nós tivemos três artesãs ganhadoras e para isso acontecer é fundamental uma gestão compartilhada e as boas práticas exercidas pela unidade produtiva. O resultado é o desenvolvimento de suas artesãs para que elas consigam ver a possibilidade de um futuro onde seu trabalho é valorizado como um produto de excelência, para atingir um público que escolhe um estilo de vida que valoriza a ancestralidade, que combina tradição e o contemporâneo e a transmissão de conhecimento entre gerações”, destaca Petrúcia Lopes.

Artnor

A notícia de que a loja do MASP encomendou um novo lote de peças das artesãs alagoanas se soma a uma outra anunciada na semana passada, que é a retomada da realização da Artnor, que acontece no mês de abril, no bairro de Jaraguá.

“Além do rico acervo de saberes, fazeres, costumes, crenças e tradições do nosso estado, o evento foi um marco na história da cultura alagoana e serviu como inspiração para outras iniciativas, como a Fenearte, em Pernambuco, que hoje é a maior feira de artesanato da América Latina”, lembra a analista Marina Gatto.

Fonte: Agência Sebrae

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