O educador físico Jorge Ricardo Queiroz de Andrade (57) foi o primeiro a ser submetido ao transplante de fígado em território alagoano, um ano atrás. Vítima de cirrose, ele começou a batalha para salvar seu fígado em 2010, mas não conseguiu.
“Tomei vários medicamentos e não consegui matar o vírus da Hepatite B. O vírus destruiu meu fígado”, relembra o educador, que adquiriu ascite “bem grave”, que deixou sua bairriga cheia de água. “Aí, não tinha mais como manter o fígado”, diz.
Em 2019, ele ficou longe da família e entrou para a fila do transplante, em Pernambuco, já que não era possível se submeter ao transplante em Alagoas. Algum tempo depois, foi colocado na lista do transplante no estado da Paraíba. Não deu certo.
Em 2020, ligaram avisando que aqui em Maceió iria começar a fazer transplante. Em janeiro de 2021, me transferiram para cá. Fui a primeira pessoa na lista de espera de Alagoas”, lembra-se. Cinco meses depois, a notícia de que havia uma doadora.
Submeteu-se, então, ao procedimento cirúrgico. Era 2020. Recebeu o fígado doado por uma enfermeira que tinha 43 anos e foi vítima de um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH). Cirurgia realizada na Santa Casa de Misericórdia, em Maceió.
“Estou vivendo um dia de cada vez. Conhecendo aos poucos meu novo fígado, sei que ainda preciso ficar 100% para voltar a correr, jogar futebol e dar aula na área de esporte no geral”, avisa Jorge Ricardo, que quer recuperar seu vigor físico.
O procedimento cirúrgico foi coordenado pelo médico Oscar Ferro, que atuou com os médicos Aldo Barros, Claudemiro Neto, Flávio Falcão, Danilo Amaral, Felipe Augusto Porto, Leonardo Wanderley e Cira Queiroz.
Atualmente, há seis pessoas na fila de transplante aguardando por um fígado em Alagoas.
