O jornalista precisa, numa sociedade digitalizada, tirar proveito das ferramentas de inteligência artificial (IA) para uma produção de conteúdo eficiente, aconselha o professor e procurador de Estado Luís Valle.
“Não seremos substituídos por sistemas inteligentes, mas é preciso saber dialogar com estas ferramentas”, afirmou, em palestra no seminário Tendências e Soluções em Comunicação, promovido pela Secretaria de Estado da Comunicação (Secom).
Estudioso do assunto há alguns anos, ele faz uma ponderação: os sistemas inteligentes dependem de nossa supervisão. “Ao liberar um conteúdo feito com IA, é necessário fazer dupla, tripla checagem” do produto final.
Aos profissionais de comunicação que acompanharam a discussão, nesta sexta (28), no auditório da PGE, em Maceió, o procurador recomendou sinergia com as máquinas. “É preciso saber utilizar e tirar proveito das ferramentas”.
O também palestrante Almir Rizzato, jornalista especialista em Inteligência Artificial, reforçou a importância de se saber demandar corretamente o que se pretende obter dos sistemas inteligentes.
“Ao acessar os sistemas de inteligência artificial, é fundamental saber utilizar os prompts (comandos) de forma correta”, aconselhou, numa referência às orientações que os sistemas precisam receber para gerar conteúdo.
Vantagens do domínio da IA
Para o secretário executivo de Comunicação, jornalista Wendell Palhares, é importante dominar as ferramentas de IA. “É um caminho irreversível. Todos precisam se adaptar a esta nova realidade”, disse.
A promoção do Tendências e Soluções objetiva capacitar os profissionais de comunicação para agir adequadamente nas situações em que a Inteligência Artificial pode ser aliada.
O jornalista Alexandre Lino, presidente do Sindicato dos Jornalistas (SindJornal), destacou a parceria com a Secom para a qualificação dos comunicadores. “Todos devemos nos preparar para o uso destas tecnologias”, aconselhou.