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Hotelaria nacional ganha Manual de Práticas Sustentáveis produzido em AL

Produto tecnológico surgiu a partir do Mestrado Profissional de Tecnologias Ambientais defendido por aluna do Ifal
Em sua tese, Carolina apresentou práticas sustentáveis em meios de hospedagem a partir da revisão da literatura existente e estudo bibliométrico sobre as 10 maiores redes hoteleiras mundiais e brasileiras (fotos: Kelvin Gomes)

A hotelaria nacional vai ganhar, em breve, o Manual de Práticas Sustentáveis. O produto tecnológico surgiu a partir do Mestrado Profissional de Tecnologias Ambientais defendido pela aluna do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Carolina Ferreira Simon Maia. Com o tema ‘Hotelaria e Desenvolvimento Sustentável: uma análise contemporânea à luz das práticas ambientais’, a tese foi apresentada e aprovada no dia 29 de abril, na sede do Sebrae Alagoas, em Maceió.

Segundo Carolina, o guia de boas práticas ambientais para empreendimentos de hospedagem foi elaborado a partir de uma Revisão Sistemática de Literatura com levantamento em mais de 60 artigos publicados em âmbito mundial, nos últimos cinco anos (2016 a 2021).

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Foram identificadas as práticas e tecnologias ambientais adotadas pelos hotéis, de modo a reduzir custos, desperdícios e, principalmente, os impactos ambientais negativos.

“Há um caminho a percorrer para acompanhar a tendência mundial. Não há mais espaço para protelar e negligenciar sobre o tema ambiental. O planeta precisa de nossa contribuição para seu cuidado”, conclamou Carolina, em entrevista ao ALNB.

Em sua tese, ela apresentou práticas sustentáveis em meios de hospedagem a partir da revisão da literatura existente e estudo bibliométrico sobre as 10 maiores redes hoteleiras mundiais e brasileiras. Ao ALNB, ela afirmou que Alagoas apresenta bons exemplos de empreendimentos hoteleiros que adotam práticas ambientais.

“Entretanto, a pesquisa concluiu que há uma falta de comunicação e promoção dessas ações para os clientes e para sociedade em geral. No Brasil, há ações adotadas, mas ocorreu o mesmo: se há práticas adotadas não há divulgação, exceto nas redes internacionais que atuam aqui”, destacou.

No trabalho, a mestranda analisou indicadores de dimensão ambiental na rede hoteleira como água, efluentes, emissão de gases do efeito estufa, certificações e selos ambientais e o ambiente externo (político, legal, social e econômico), além da incidência de diversas práticas ambientais.

“Já é bastante sabido que o turismo e, neste caso, a hotelaria é consumidora de grande quantidade de recursos materiais e naturais e geradora, por consequência, de relevante quantidade de resíduos sólidos, efluentes e gases. Assim, com já é tendência mundial, os meios de hospedagem carecem adotar medidas de mitigação e redução de seu consumo e comportamento. Necessitam, ainda, sensibilizar seus envolvidos (investidores, funcionários, fornecedores, etc.) e sua clientela e comunidade sobre a necessidade latente de mudança a favor do meio ambiente”, concluiu.

Para Carolina, as barreiras a serem enfrentadas pelo setor perpassam fatores culturais até a preocupação econômico-financeira do poder de capital dos empreendimentos em investir em novas tecnologias. 

Defesa

Com orientação do Prof. dr. Josealdo Tonholo, reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a tese foi analisada e aprovada por banca formada pelo mestre em economia, doutor em administração e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), Fábio Guedes; pelo professor do Ifal, André Luiz Rocha, e pelo diretor técnico do Sebrae Alagoas, Vinícius Lages.

“O turismo é um tema que faz parte de uma das grandes transições que estão acontecendo no mundo e a Carolina trouxe várias dessas questões. O trabalho cumpre aquilo que a normatividade técnico-científica recomenda, com a utilização de uma metodologia que permite construir uma orientação prática a partir do cruzamento matricial de informações importantes. Gostei muito do trabalho e aprendi com o exercício colocado. Trazer esse tema para um contexto prático é bastante relevante”, afirmou Vinicius Lages.

Banca que avaliou e aprovou a tese de mestrado: ‘Hotelaria e Desenvolvimento Sustentável: uma análise contemporânea à luz das práticas ambientais’

“Esse é um problema disruptivo. Pela natureza do mestrado profissional, todos os objetos de estudo têm que ter aplicabilidade, tem que ter um retorno para a sociedade e sempre trabalha com a transversalidade. Não existe discussão ambiental sem ter relação com o homem, com o setor produtivo, com a saúde e a educação e qualidade de vida das pessoas. E o trabalho da Carolina traz não somente a dissertação, mas traz produtos tecnológicos agregados como manuais e estudos técnicos”, acrescentou Josealdo Tonholo.

Em breve, o Manual de Práticas Sustentáveis na Hotelaria ficará disponível no Sebrae Alagoas e no site da Amazon.

Com Savannah Comunicação Corporativa  

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