O Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, de forma inédita, captou para transplante o fígado de uma paciente que teve morte encefálica confirmada.
A partir de agora, o HEA integra a rede de hospitais alagoanos que realiza a captação de órgãos para transplantes, de acordo com protocolos do Ministério da Saúde (MS).
“Só chegamos aqui graças ao trabalho em equipe, bem como, pelo apoio e perseverança da Direção do HEA”, afirmou Joelma Araújo, coordenadora da comissão para doação de órgãos.
Identidade de doador fica em sigilo
Segundo Joelma Araújo, as identidades do doador do órgão captado, bem como do receptor, serão mantidas em sigilo, conforme prevê a Lei dos Transplantes.
“Temos que manter o sigilo, com a finalidade de proteger ambas as partes do ponto de vista ético, jurídico e emocional, uma vez que a doação é um ato voluntário e altruísta”, frisou.
A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, enfatizou que todos os atores da saúde pública do Estado expressam alegria com o empenho do HEA na sua primeira captação.
De acordo com ela, este marco é um passo significativo para ampliar a rede de apoio a pacientes que aguardam por transplantes de órgãos no Estado.
“A atuação conjunta da OPO [Organização de Procura de Órgãos] e da CIHDOTT do HEA foi fundamental para a realização desse feito”, frisou Daniela Ramos.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, enalteceu o trabalho técnico e eficiente realizado pela Central de Transplantes de Alagoas, bem como pela OPO e a CIHDOTT do HEA.
“Expressamos os nossos agradecimentos aos profissionais envolvidos, porque demonstraram que é possível expandir a captação de órgãos para o interior do Estado”, afirmou o gestor da saúde estadual.
