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Evento discute pesquisas sobre gênero e sexualidade na Ufal

Atividade celebra, nesta quarta (28), o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, no auditório do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes
Objetivo da iniciativa é conhecer o panorama sobre a produção científica da Ufal em torno das questões de gêneros, sexualidades e diversidades

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) sedia, nesta quarta-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, o evento Conhecer para transformar: pesquisas em gênero e sexualidade contra a LGBTQIA+fobia. A atividade será aberta ao público e acontecerá a partir das 19 horas, no auditório do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca).

A realização é do Grupo de Estudos e Pesquisas em História, Gênero e Sexualidade (GEPHGS); do grupo Discurso, Sentidos e Sociedade (Disenso); do Frida Kahlo Estudos de Gênero, Feminismos e Serviço Social e do Núcleo de Estudos em Diversidade e Política.

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O objetivo é discutir as pesquisas sobre gênero e sexualidade realizadas no âmbito da Universidade Federal.

“A mesa é uma iniciativa dos grupos de pesquisa em gênero e sexualidade da Ufal para celebrar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, sendo muito importante no sentido de dar visibilidade às atividades que tem sido desenvolvidas pelos grupos em diferentes cursos como História, Psicologia, Serviço Social e Letras”, explicou Elias Veras, coordenador do GEPHGS e um dos idealizadores do evento.

“Nosso objetivo é conhecer o panorama sobre a produção científica da Ufal em torno das questões de gêneros, sexualidades e diversidades. Consideramos que a proposta, organizada pelo professor Elias, é de suma importância para nossa instituição à medida que viabiliza o encontro de diferentes pesquisadores cujos estudos tratam de questões historicamente colocadas à margem”, avaliou Débora Massmann, da Faculdade de Letras (Fale) e responsável pelo Disenso.

“Quando pensamos nos índices de violência contra à mulher e contra à comunidade LGBTQIAPN+ em Alagoas, entendemos que a pauta deste evento urgente. Para nós, pesquisadores, ações como essas estreitam os laços acadêmicos e, consequentemente, a partir da divulgação de nossas pesquisas, fortalecem os grupos minoritários ali representados”, complementou.

Perspectivas

Para Marcos Ribeiro Mesquita, professor do curso de Psicologia que também está à frente do evento, a atividade vai ser um espaço de discussão sobre perspectivas, mas também de celebração das vivências LGBTQIAPN+ na Universidade.

“O debate sobre o dia do orgulho LGBTQIAPN+ será um momento importante não só para refletir e avaliar coletivamente sobre os passos que ainda precisamos dar, a partir do lugar da Universidade, para que todas as pessoas sejam respeitadas, reconhecidas e tenham seus direitos garantidos, mas também uma ótima oportunidade para celebrarmos nossas conquistas, nossas vidas, afinal, estamos e continuaremos aqui com nossa diversidade, nossos desafios, lutando por uma universidade que também tenha a nossa cara”.

Acolhimento

A mesa se configura como mais uma iniciativa no sentido de aprofundar as discussões sobre gênero e sexualidade dentro da Universidade e levar o debate para fora dos muros da academia a partir dos diálogos estabelecidos.

No entanto, diversas outras atividades buscam oferecer um espaço não apenas voltado para entender essas questões sob uma perspectiva acadêmica, mas também para o acolhimento de estudantes LGBTQIA+.

“O Gephgs não tem sido somente um espaço de produção acadêmica, mas também um lugar de acolhimento, reconhecimento e fortalecimento de estudantes LGBTQIA+ do curso. No grupo, construímos conhecimento histórico sobre nossas existências, sobre como elas são marcadas por múltiplas violências LGBTQIA+fobica, mas também celebramos com orgulho nosso gênero e sexualidade dissidentes”, finalizou Elias.