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Equatorial deve atingir R$ 1 bilhão em investimentos no sistema elétrico

Concessionária atua para garantir segurança energética e manter desenvolvimento econômico de Alagoas
Ipioca, no Litoral Norte de Maceió, recebeu nova subestação da Equatorial (foto: Ascom Equatorial)

Alagoas registrou, em 2021, crescimento acima da média nacional. Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, a retomada econômica favorece, principalmente, os setores do turismo, de serviços e o industrial. E todos os segmentos dependem de segurança energética para se desenvolver. Segundo a Equatorial Energia, no que depender de investimento os serviços estarão garantidos.

A concessionária planeja fechar 2022 com um volume de recursos já aplicados da ordem de R$ 1 bilhão, desde que assumiu, em 18 de março de 2019, a concessão para distribuir energia elétrica no estado.

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Em entrevista ao Alagoas Notícia Boa (ALNB), o superintendente de Operação da Equatorial Alagoas, Sérgio Valinho, pontua os investimentos feitos pela concessionária e os que estão por vir para acompanhar e dar suporte ao desenvolvimento econômico que ocorre nos quatro cantos do estado, do Litoral ao Sertão.

“Estamos falando em investimentos da ordem de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões em 2022. A gente quer fechar o ano totalizando quase R$ 1 bilhão já investidos no estado de Alagoas”, revelou Valinho, que na sexta-feira (17) lançou a promoção Energia em Dia.

Sérgio Valinho lançou a promoção Energia em Dia, da Equatorial Alagoas (foto: Severino Carvalho)

“A Equatorial desde que chegou aqui tem uma participação muito intensa junto ao estado de Alagoas e ao alagoano; ela tem investido fortemente no sistema elétrico. Foram mais de R$ 750 milhões já investidos, de Delmiro Gouveia a Maragogi, para que a gente possa reforçar nosso sistema elétrico e, consequentemente, dar as condições ao estado para que possa se desenvolver”, acrescentou.

Sertão e Agreste

No Agreste, a Equatorial atua para reforçar o eixo da região de Craíbas, onde a Mineradora Vale Verde (MVV) se instalou. Em abril, uma carga de aproximadamente 9 mil toneladas de concentrado de cobre saiu do Porto de Maceió com destino à Finlândia. A extração foi feita pela MVV na mina Serrote, localizada na zona rural de Craíbas. Uma nova subestação está prevista para o próximo ano, no município.

No Sertão, região da Bacia Leiteira, a concessionária também opera investimentos.

“O Sertão alagoano cresce bastante, a Bacia Leiteira… Fruto disso a gente está instalando ali, no eixo de Santana do Ipanema e Olho D’Água, um novo ponto de suprimento para abastecer aquela região que antes dependia apenas de Delmiro Gouveia”, pontuou o superintendente de Operação da Equatorial Alagoas.

No dia 6 de junho, a Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) foi reinaugurada em Batalha. A unidade estava fechada há 12 anos por dificuldades financeiras. Com a retomada das atividades, espera-se a geração de cerca de 3 mil empregos e a revitalização da Bacia Leiteira.

CPLA foi reinaugurada em Batalha e vai gerar cerca de 3 mil empregos (foto: Secom AL)

“A gente entende que um estado com uma rede elétrica forte, atrai indústria, atrai comércio, e isso traz para o alagoano oportunidades. Então, a Equatorial não tem medido esforços em seus investimentos”, destacou Valinho.

Turismo

O superintendente de Operação da Equatorial Alagoas cita que os investimentos também estão sendo feitos em duas das regiões turísticas que mais crescem: o Litoral Norte (Costa dos Corais) e o Sul (Lagoas e Mares).

“Da Barra de São Miguel até Maragogi estamos trazendo novas subestações e a duplicação da rede (do Litoral Norte)”, destacou, lembrando que está prevista, para o próximo ano, a instalação de uma nova subestação no eixo de Marechal Deodoro e Barra de São Miguel.

A duplicação da rede elétrica que abastece a Costa dos Corais, aliás, é um desejo antigo dos moradores e das empresas instaladas na região, atendida por uma antiga malha que, frequentemente, apresentava problemas e de difícil solução, porque corta áreas cujo acesso é complicado.

Maragogi impulsiona a atividade turística no Litoral Norte de Alagoas (foto: Severino Carvalho)

Foi o que aconteceu em 2016, quando a rede se rompeu justamente numa área de mata fechada, causando um apagão que deixou sem energia elétrica, por quase 20 horas, os municípios de Maragogi, Japaratinga e Porto Calvo, entre o primeiro e o segundo dia daquele ano, logo no pós-réveillon, com pousadas e hotéis lotados.

O blecaute afetou em cheio a economia desses municípios da região Norte do Estado, sobretudo de Maragogi e de Japaratinga, que vivem do turismo. O apagão gerou transtornos aos hóspedes e prejuízos à rede hoteleira e ao comércio de forma geral.

Duplicação

O projeto de duplicação da rede que fornece energia elétrica ao Litoral Norte de Alagoas já chegou a Matriz de Camaragibe, passando por São Luís do Quitunde, por meio da extensão do eixo que se iniciou em Ipioca, Maceió, onde uma nova subestação foi instalada pela concessionária.

“Agora estamos iniciando a construção de Matriz a Porto Calvo e de Porto Calvo a Maragogi. Então teremos duas alternativas de fornecimento para todo o Litoral Norte, levando uma energia mais firme. A gente sabe que aquela região vai receber muitos investimentos e a Equatorial vai estar ali presente para que esses investimentos aconteçam”, destacou Valinho.

Ele lembrou que a duplicação da rede fortalecerá a segurança energética. Em caso de interrupção em uma delas, a Equatorial poderá remanejar cargas e manter o fornecimento regular para a região turística.

“Será uma alternativa. Caso uma forma de atendimento venha a falhar, a outra estará lá à disposição para dar continuidade ao fornecimento de energia elétrica a todo o eixo do Litoral Norte de Alagoas”, reforçou.

Ainda na região, a Equatorial pretende instalar, no próximo ano, uma nova subestação em São Miguel dos Milagres, destino turístico que se consagrou nacionalmente, sobretudo em função das festas de réveillon e de uma rede hoteleira refinada e intimista.

Cânions

A Região dos Cânions do São Francisco é outra que cresce de braçada em Alagoas, puxada pela atividade turística, principalmente nos municípios de Piranhas, Delmiro Gouveia e Olho D’Água do Casado.

“Piranhas também é um ponto importante do turismo alagoano. Estamos levando, ano que vem para lá, uma subestação específica para atender aquela região de Piranhas e adjacências e não depender mais do fornecimento de Xingó. Isso mostra o compromisso da Equatorial com o estado de Alagoas, com o alagoano, para que esse estado possa se desenvolver”, ressaltou.

Região turística dos Cânions do São Francisco também recebe investimentos da Equatorial (foto: Sedetur AL)

Para 2023, estão previstas, ainda, uma reforma na subestação de Delmiro Gouveia e outra na de em Olho D’Água, além de um novo ponto de suprimento em Santana do Ipanema.

“Veja que a Equatorial está atuando, praticamente, nos quatro cantos do estado, do Litoral ao Sertão, para poder levar energia com mais qualidade, mais firme, e proporcionar o desenvolvimento do estado de Alagoas.

Maceió

Por fim, Valinho lembrou que a Equatorial também investiu em Maceió, reformulando toda a rede que atende os bairros do Tabuleiro do Benedito e do Tabuleiro do Martins, onde fica o Distrito Industrial.

“Quando a Equatorial chegou aqui em Alagoas, bateu à porta de diversos investidores que, à época, tentaram fazer seus investimentos no estado, mas infelizmente não conseguiram em virtude da malha elétrica encontrar-se deficitária”, recordou.

“Então, fomos atrás desses investidores. Eles reafirmaram o compromisso em voltar para o estado de Alagoas, a exemplo da Solar, que é da Coca-Cola. A gente tem ali a Iplac (indústria plástica), com uma ampliação do seu processo fabril e a Equatorial participou disso, reformando toda aquela linha, entre os bairros do Benedito Bentes e Tabuleiro do Martins, para permitir o crescimento dessas empresas”, finalizou.

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