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13º salário deve injetar mais de R$ 1,36 bilhão na economia alagoana

Valor gera perspectiva otimista para todos os segmentos do Comércio alagoano, avalia economista
Levantamento da Fecomércio/AL se baseia em dados oficiais, no caso do funcionalismo público, e em cálculos sobre a média de renda, no caso da iniciativa privada (foto: Pexels / ilustração)

Levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio Alagoas estima que, entre servidores públicos e colaboradores da iniciativa privada, o décimo terceiro salário deve injetar mais de R$ 1,36 bilhão na economia alagoana. De acordo com o estudo, o valor corresponde às remunerações de 504.773 trabalhadores.

Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Gilton Lima, o pagamento do décimo terceiro salário proporciona um cenário muito favorável para o aumento no fluxo de vendas.

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“É positivo tanto pela ótica da oferta quanto pela ótica da demanda. Para o consumidor, é uma contribuição para se organizar financeiramente, quitar dívidas e ainda ajuda na escolha dos presentes e também nos preparativos para as confraternizações de fim de ano. Enquanto isso, pelo impacto que causa na economia alagoana, acaba por sugerir um direcionamento em se tratando de contratações, promoções e renovação de estoque”, observa.

O assessor econômico da Fecomércio AL, Victor Hortencio, ressalta que essa injeção de liquidez potencializa significativamente o poder de compra do consumidor.

Segundo ele, espera-se que o valor seja destinado, principalmente, para despesas com festas e confraternizações; realização de pagamento de dívidas; poupança para as compras de início de ano, como matrículas e materiais escolares; presentes; renovação de guarda-roupa; e reforma de imóveis.

“A expectativa é de otimismo. Comerciantes de todos os segmentos econômicos do estado devem ser beneficiados, a exemplo de setores tradicionalmente conhecidos pelo aumento do fluxo de vendas no período de final e início de ano, como alimentação, hotelaria, eventos, vestuário e lazer”, aponta.

O levantamento se baseia em dados oficiais, no caso do funcionalismo público, e em cálculos sobre a média de renda, no caso da iniciativa privada.

Esferas

Nesse contexto, de acordo com os dados divulgados pelo Portal da Transparência de Alagoas e pela Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas (SEFAZ/AL), na esfera estadual, o valor que será colocado em circulação corresponde a R$ 386 milhões, distribuídos entre 39.136 servidores ativos e 34.349 servidores inativos.

No funcionalismo público municipal de Maceió são mais de 18 mil servidores ativos, inativos e pensionistas. Juntos, receberão mais de R$ 133 milhões.

Já na esfera federal, de acordo com o Painel Estatístico de Pessoal, são 14.552 servidores alocados em Alagoas, sendo 13.136 ativos e 5.003 inativos, o que deve injetar mais de R$ 129 milhões na economia alagoana.

No setor privado, onde os trabalhadores, em sua grande maioria, seguem o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), são 391.245 trabalhadores. E a estimativa é que, neste caso, o décimo terceiro movimente cerca de R$ 711 milhões.

Para se chegar a esse valor, diferentemente do serviço público, que conta com planilhas com a remuneração de cada servidor, foi preciso recorrer aos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), a qual aponta que a média da renda de trabalhadores com contrato CLT, em 2022, é de R$ 1.817,16.

O cálculo deste levantamento não contabiliza o valor recebido pelos aposentados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), pois, este ano, a remuneração dos 439.897 beneficiados, totalizando um montante de cerca de R$ 660 milhões, foi liberada nos meses de maio e junho.