Alagoas foi o terceiro estado do Nordeste e o sétimo do Brasil em que os consumidores mais quitaram débitos. É o que revela o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian.
De acordo com a ferramenta, do total de dívidas dos consumidores negativadas em novembro de 2023, no Nordeste do país, 78,3% foram renegociadas ou pagas em até 60 dias do mês de referência. Este foi o maior índice dos últimos 12 meses.
O estado que mais quitou débitos foi Sergipe (83,2%), seguido do Ceará (79,8%) e de Alagoas (79,2%). O estado alagoano ocupa a sétima posição no ranking nacional por Unidades Federativas (UFs) do Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian.
Sergipe, mais uma vez, lidera a lista nacional. Em seguida, estão Acre, Rio Grande do Sul e Paraná.
Na análise nacional, 77,5% das contas negativadas em novembro foram regularizadas ou renegociadas por consumidores inadimplentes em até 60 dias do mês de referência.
O percentual foi o maior dos últimos 12 meses. Débitos superiores a R$ 10.000 marcaram a preferência nas quitações (91,1%), enquanto aqueles de até R$ 500, tiveram a menor incidência (71,0%). No recorte por setores das dívidas, o de “Bancos/Cartões” recebeu a maior taxa de pagamentos (86,0%).
Benefícios à economia
Consultado pelo Alagoas Notícia Boa (ALNB), o economista Lucas Sorgato afirmou que a quitação de débitos é extremamente benéfica para a economia e para o consumidor, de forma individualizada.
“Quem tá devendo, volta a ter uma possibilidade de crédito na economia, o que pode fazer girar muito mais a questão de consumo e de investimento. Além disso, as empresas que recebem têm uma injeção de recursos que muitas vezes estavam em fundo perdido. Então esse dinheiro é usado para novos investimentos ou para uma nova lógica de consumo, fazendo com que, de fato, haja um ciclo positivo para a economia”, avaliou Sorgato.
Para ele, o programa Desenrola Brasil, do Governo Federal, incentivou o consumidor brasileiro a regularizar as suas dívidas.
“Os dados do próprio Desenrola são extremamente positivos neste sentido. Então valeu a pena o programa, que ajudou tanto as pessoas físicas a pagar, quanto as empresas a receber. E abriu até o caminho para uma nova fase do programa, que tentará envolver as pessoas jurídicas”, observou o economista.
Com Serasa Experian