Alagoas registrou variação positiva de US$ 92,7 milhões na balança comercial, no primeiro trimestre do ano. O resultado foi o quarto melhor entre os estados do Nordeste. É o que aponta publicação do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área do Banco do Nordeste responsável por pesquisas econômicas sobre a Região.
De acordo com o estudo, as exportações alagoanas alcançaram US$ 298,5 milhões, nos primeiros três meses do ano, com aumento de 0,5%, frente a mesmo período de 2023. O destaque foram as vendas externas de açúcares e melaços (+3,1%). Segundo a publicação, a indústria de transformação cresceu 3,3%.
Os principais produtos exportados na pauta alagoana foram açúcares e melaços (78,1%), minérios de cobre e seus concentrados (20,1%), materiais de construção de argila e materiais de construção refratários (0,5%).
Já as importações (US$ 205,8 milhões) cresceram de 31,1%, principalmente, com a aumento nas aquisições de bens de capital (+7,3%), bens intermediários (-16,8%) e de bens Consumo (+66,3%).
Crédito
De acordo com o Banco do Nordeste, o resultado impactou positivamente na expectativa da instituição por novas demandas pelo crédito destinado a empresas que atuam no comércio exterior.
Segundo o superintendente estadual do BNB em Alagoas, Sidinei Reis, além de o banco apoiar o setor produtivo com recursos que contribuem para formação de estoque, inovação, adequação de processo produtivos às normas internacionais, aquisição de equipamentos, entre outros fins, opera com linha de crédito específica para fomentar as exportações.
“Por meio do Programa Nordeste Exportação, o BNB financia matérias-primas e insumos utilizados no processo produtivo de indústrias e agroindústrias para a fabricação de bens para exportação; mercadorias, inclusive máquinas, veículos utilitários, aeronaves, embarcações ou equipamentos, para formação de estoques para exportação; além de gastos gerais para o funcionamento do empreendimento que atua nesse tipo de comércio”, esclarece o superintendente.
Sucroenergético
Em relação ao setor sucroenergético, responsável pelos principais produtos da pauta exportadora alagoana, Sidinei destaca a ampliação do crédito destinado ao segmento, desde a produção da cana-de-açúcar, até seu processamento e beneficiamento.
Ano passado, foram R$ 311 milhões financiados para o setor, com incremento de cerca de 40% no crédito em relação a 2022.