Alagoas registrou saldo positivo de 23.291 postos de trabalho com carteira assinada em 2023. O aumento foi de 5,93% em relação ao ano anterior, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
A taxa de geração de empregos de Alagoas é a segunda maior do Nordeste e a quinta melhor do Brasil. Na região, o estado fica atrás apenas do Piauí, que registrou crescimento de 6,43%.
Alagoas está à frente do Rio Grande do Norte (4,94%), Sergipe (4,51%), Ceará (4,35%), Paraíba (4,28%), Maranhão (3,81%), Bahia (3,78%) e Pernambuco (3,75%).
Em todo o País, a geração de empregos foi puxada pelo Amapá, que apresentou crescimento de 7,45%. Em seguida aparecem Roraima (6,89%), Piauí (6,43%), Tocantins (6,08%) e Alagoas.
Segundo o Caged, o comportamento do emprego em Alagoas no ano passado foi puxado pelo setor de serviços, que abriu 13.810 novas vagas formais, o correspondente a 59,2% do total de empregos gerados no estado.
Em seguida aparecem a indústria, com a criação de 3.758 vagas, comércio (3.631) e construção (3.631). O setor de agropecuária foi o único que encerrou o ano com saldo negativo, com o fechamento de 167 postos formais de trabalho.
Trabalho
Para o governador Paulo Dantas, o desempenho de Alagoas é fruto de um trabalho de desenvolvimento, planejado e executado pelo Governo do Estado.
“Criamos ambiente favorável à vinda de nossas empresas e estamos empenhados na atração de investimentos, porque acreditamos que não há ferramenta mais poderosa para o combate à pobreza do que a geração de emprego e renda”, destacou.
Ele cita que um dos fatores que contribuíram para a abertura de postos de trabalho no setor de serviços foi a execução, por parte do Governo do Estado, da Escola do Turismo.
Desenvolvido para atender a demanda do trade turístico alagoano por mão de obra qualificada, o programa ofertou no ano passado mais de 3,5 mil vagas em diversos cursos profissionais, com 130 turmas formadas, mais de 30 especializações e certificados de conclusão.
Segundo levantamento da Secretaria de Estado do Turismo (Setur), cerca de 3 mil alunos foram capacitados em 28 municípios turísticos, em apenas quatro meses de execução. A expectativa é que o programa capacite 11 mil pessoas este ano.
Incentivos
Os incentivos do Governo do Estado abrangem todos os setores. Em dezembro do ano passado, por exemplo, o Conselho Estadual do Desenvolvimento Econômico e Social (Conedes) da Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics) aprovou incentivos fiscais para nove empresas, por meio do Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado (Prodesin).
Juntos, os empreendimentos injetam R$ 29,8 milhões na economia alagoana. Para a titular da Sedics, Maria Alice Beltrão, o Governo de Alagoas segue trabalhando para prospectar novos investimentos.
“Os benefícios locacionais e fiscais atraem novas empresas, impulsionando a nossa economia. Com isso, são novos postos de trabalho e novas oportunidades para os alagoanos”, disse.
Para dinamizar ainda mais a economia e seguir gerando emprego e renda, o governador Paulo Dantas inaugurou, em junho de 2023, o escritório comercial do Estado na cidade de São Paulo, colocando Alagoas como ator fundamental para a recuperação do setor industrial e para a expansão do campo das atividades prioritárias, aumentando a capacidade das empresas de ambos os estados atuarem de forma complementar.
“Vamos juntos promover Alagoas e mostrar para o Brasil e para o mundo a nossa história, cultura e diversidade”, ressalta o governador.
Estoque
Com o resultado de 2023, o estado acumula um estoque de 415.916 postos de trabalho com carteira assinada. 47,6% desse total estão concentrados no setor de serviços, que tem um estoque de 198.313 vagas.
Em seguida aparecem o comércio, com 96.431 empregos, indústria (78.356), construção (27.024) e agropecuária (15.792).
Dos 23.291 empregos gerados em Alagoas no ano passado, 13.744 são ocupados por homens, o que representa 59% do total. Outros 9.546 são postos de trabalho femininos.
Segundo o levantamento do Caged, a faixa etária entre 18 e 24 anos ocupa 67,2% das vagas criadas em 2023, com 15.666 trabalhadores.
O cadastro também aponta que 78,3% dos postos com carteira assinada criados no estado em 2023 são ocupados por trabalhadores com ensino médio completo, o que representa 18.250 vagas.
Em seguida aparecem profissionais com ensino superior completo (3.378), fundamental incompleto (1.122), médio incompleto (479) e superior incompleto (254).