Até outubro de 2021, Priscila Souza da Silva, 32 anos, se sentia insegura. Morando com o pai em São Paulo e já divorciada, ainda sofria com a violência doméstica praticada pelo ex-marido e pai de seu filho, hoje com quatro anos. Quando ela voltou para Alagoas, procurou o Juizado da Mulher de Arapiraca, Agreste de Alagoas, e conseguiu medidas protetivas contra seu agressor.
“Quando mudei pra cá, fui acolhida pelo Juizado e pela Defensoria Pública. Eu vi que não fui a única que passei por isso, que fui violentada, que sofreu questões não só psicológicas como financeiras. Mas a gente tem que continuar, a vida não pode parar”, contou Priscila, que faz curso de Confeitaria no Senac.
O curso é fruto de parceria entre o Poder Judiciário e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Para Priscila, o curso acaba sendo uma terapia, uma troca de experiência com outras mulheres. “Está sendo de extrema importância para a minha reconstrução, me reconectar de novo e conseguir realmente deixar para trás o que passou”, disse.
Campanha ‘Superar é Viver!’
A história de Priscila é contada pela Diretoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), que lançou a campanha “Superar é viver” com a finalidade de evidenciar histórias de mulheres que denunciaram seus agressores e superaram a violência doméstica.
A campanha é uma iniciativa da Coordenadoria da Mulher do TJAL e também traz ainda vídeos sobre a atuação da Patrulha Maria da Penha, em Arapiraca e Maceió, e sobre o trabalho da Casa da Mulher Alagoana, que acolhe e orienta vítimas de violência doméstica.