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Quando a deficiência não impede o acesso à universidade pública

Evilyn e Ramon, deficientes visuais, conquistaram vagas em cursos superiores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal)
Ramon teve apoio de Maria, auxiliar de sala, para assimilar conteúdos e passar no vestibular

Evilyn Vitória Chagas e Eduardo Ramon dos Santos são vencedores. Superaram adversidades consideradas intransponíveis para muitos e conquistaram vagas em cursos superiores na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Rumam ao tão sonhado diploma.

“Você pode alcançar o que quiser. O seu esforço vale a pena. A força de vontade é maior do que qualquer obstáculo”, diz Evily Vitória. Deficiente visual e cadeirante, estudou em escola pública e foi aprovada em primeira chamada para o curso de Letras da Ufal.

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Eduardo Ramon dos Santos, também deficiente visual, é mais um exemplo de quem não se curvou às adversidades que poderiam resultar em sua estagnação profissional. Com apoio de familiares e professores, ingressou em Ciências Econômicas, na Ufal.

“Os professores sempre buscavam meios de repassar o conteúdo de forma que eu entendesse melhor. Além disso, sempre tive ao meu lado a Maria. Ela foi minha auxiliar de sala e, nestes últimos três anos, ajudou-me bastante”, recorda o universitário Eduardo.

Maria foi além, aliás. Abriu sua casa e disponibilizou seu notebook, facilitando o acesso de Eduardo a conteúdos justamente durante o período de pandemia. “Em nossa escola, a inclusão acontece. Fiquei muito feliz com sua vitória”, avisou Maria Gomes.

Evilyn, cadeirante e deficiente visual, agora é aluna de Letras na Ufal

Eles estudaram, respectivamente, nas escolas Benedita de Castro e Alfredo Gaspar de Mendonça, em Maceió. Contaram com apoio do Centro de Educação Especial Cyro Acciolly, onde houve adaptação de conteúdo para a linguagem braille.

“Foi uma sensação maravilhosa termos um material de estudos adaptado para o Braille”, revela Evilyn. “A ótima equipe de professores da Cyro proporcionou o reforço que precisávamos”, complementa Ramon.